Presença de brasileiros e hondurenhos coloriu as arquibancadas do Sun Life Stadium
O jogo serviu apenas para definir que a Seleção Brasileira é mesmo uma séria candidata ao título de campeã na Copa do Mundo de 2014, ao lado de potências como Espanha, Alemanha, Holanda e Argentina. E serviu também para colocar a seleção hondurenha em seu devido lugar, ou seja, a de uma mera coadjuvante na principal competição entre seleções do futebol mundial.
Apesar dos primeiros vinte minutos equilibrados, com as seleções ainda estudando-se, pouco a pouco o Brasil foi impondo a melhor categoria e abriu o placar com Bernard completando um bom passe de Paulinho. A partir daí, o que se viu foi um festival de pancadas em Neymar, que se mostrou irritado com a sequência de faltas.
Apesar da vitória parcial do Brasil, foi bonito ver o carinho dos torcedores hondurenhos com sua seleção. Nem mesmo o caminhão de gols brasileiros no segundo tempo (Dante, Maicon, Willima e Hulk) serviu para provocar uma vaia sequer contra os bravos jogadores hondurenhos que já se classificaram para a Copa, jogando o poderoso México para a repescagem.
Recorde de torcida
Como costuma acontecer em grandes eventos nos Estados Unidos, a festa teve de tudo. Desde hinos dos três países – EUA, Honduras e Brasil -, até espetáculo pirotécnico e show no intervalo para entreter a torcida no intervalo.
Apesar do grande número de espectadores, mais de 71 mil pagantes – recorde em partidas de futebol (soccer) na Flórida -, da venda de cerveja liberada e dos torcedores misturados não houve nenhuma briga e os torcedores brasileiros e hondurenhos, que dividiram o estádio. Ou seja, tudo depende do comportamento dos torcedores. Claro que a ausência das indigitadas torcidas organizadas facilitou a confraternização, uma vez que o público era prioritariamente formado por famílias.
Para finalizar vale destacar as últimas entrevistas coletivas do técnico Luiz Felipe Scolari. Ele já vinha dizendo que o título era o único objetivo possível para a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2014. Neste sábado (16), em Miami, após a goleada de 5 a 0, o comandante da equipe canarinho mudou um pouco a linha do discurso e adotou uma versão mais otimista.
“Não tem pressão nenhuma sobre o Brasil. Não tem pressão nenhuma para o Brasil ser campeão. O Brasil vai ser campeão”, disse Scolari sobre o Mundial do próximo ano. É uma declaração para se conferir. Ou para se cobrar.
Gols: Bernard, 21’/1ºT (1-0); Dante, 10’/2ºT (2-0); Maicon, 20’/2ºT (3-0); Willian, 24’/2ºT (4-0); Hulk, 28’/2º(5-0)
BRASIL: Victor; Maicon, David Luiz (Marquinhos, 26’/2ºT), Dante, Maxwell (Lucas Leiva, 25’/2ºT); Paulinho, Luiz Gustavo, e Oscar (Ramires, 18’/2ºT); Bernard (Willian, intervalo), Neymar (Hulk, 19’/2ºT) e Jô (Robinho, intervalo). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
HONDURAS: Valladares, Peralta, Figueroa, Bernardez (Montes, 17’/2ºT) e Izaguirre (Garcia, 26’/2ºT); Claros, Palacios (Delgado, 29’/2ºT), Espinoza (Chavez, 17’/2ºT) e Boniek (Najar, 18’/2ºT); Costly e Bengtson (Jerry Palacios, 26’/2ºT). Técnico: Luiz Suárez