Histórico

Brasil vai receber 500 estudantes haitianos

Terremoto em janeiro deste ano destruiu faculdades e matou professores do país

O ensino no Haiti está paralisado desde que o terremoto de magnitude 7 graus na Escala Richter devastou o país, em janeiro. Além da destruição de faculdades, a maioria delas próximas ao epicentro na capital Porto Príncipe, o setor sofreu com a morte de 2.906 alunos e 150 professores. Graças à parceria entre os governos haitiano e brasileiro, a comunidade universitária poderá retomar os estudos em instituições no Brasil. Pelo menos 500 haitianos estarão matriculados em  universidades federais nos próximos anos, principalmente em São Paulo e na região Sul.

A situação no Haiti ainda é caótica. Logo depois do abalo, alguns universitários e professores tentaram improvisar e organizaram aulas em escombros, embaixo de lonas e nas casas que ficaram de pé. Mas agora, pelo convênio, os estudantes deverão ficar os primeiros quatro meses estudando português, já que a maioria deles fala o francês e o dialeto creole. O passo seguinte é curso de graduação, em áreas estratégicas como Engenharia e Medicina.

Nenhum dos haitianos poderá se graduar no Brasil. De acordo com o Itamaraty, a regra foi adotada para atender ao objetivo final do programa, que é dar aos alunos “maiores condições de auxiliar no desenvolvimento social e no incremento do quadro de profissionais de áreas essenciais”. Para facilitar a vida dos estudantes, as universidades brasileiras que concordaram em cooperar prometem acompanhar de perto o rendimento de cada um dos beneficiados.

A divulgação da iniciativa no Haiti foi feita por meio de rádio, jornais, internet e até por telefone. A intenção dos organizadores é que haja tempo hábil para que até moradores de regiões distantes de centros urbanos participem. Após a análise de documentos e de currículos, os estudantes passarão por entrevista feita por uma missão que será enviada ao Caribe pela Capes.

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