Pouco conhecidos do grande público brasileiro, dois artistas – um de Franca, em São Paulo, e outra carioca da gema – são os representantes do nosso país no Grammy 2020, cuja cerimônia de premiação acontece em Los Angeles em 26 de janeiro. O instrumentista Diego Figueiredo e a cantora Thalma de Freitas concorrem nas categorias “melhor arranjo instrumental com acompanhamento de voz” e “Melhor álbum de jazz latino”, respectivamente.
“Estou ansioso, é claro, mas já feliz pela indicação”, revelou Diego, que disputa o prêmio ao lado da cantora francesa Cyrille Aimeé, que dá voz à composição ‘Marry Me a Little’. Esta é a primeira vez que o paulista envia um trabalho para a seleção do Grammy, mas na carreira já são 26 CDs e três DVDs.
Na canção que concorre ao ‘Oscar’ da música, Diego preparou um arranjo especial para quarteto de cordas e violinos. “Representar o Brasil neste prêmio tão importante da música é uma alegria”, completou o artista, que já condecorado no Montreux Jazz Festival e recebeu elogios de gente como Kenny G, George Benson e Pat Metheny.
Já Thalma reside em Los Angeles há quase uma década e o trabalho que ganhou destaque no Grammy deste ano foi feito em parceria com o compositor norte-americano John Finbury. Além da voz, são dela as letras das músicas em português que estão no álbum, entre elas a faixa-título, ‘Sorte’.
Filha do pianista e maestro Laércio de Freitas, a carioca é também atriz e já atuou em várias novelas da Globo e filmes – tem na sua estante, inclusive, um Kikito de melhor atriz coadjuvante no Festival de Cinema de Gramado. “Eu sou uma artista alforriada”, define-se Thalma, ressaltando que muitos de seus trabalhos fazem referências à cultura negra. O Grammy será apresentado pela cantora Alicia Keys.