DA REDAÇÃO – O Brasil registrou até agora 739 casos suspeitos de microcefalia. Os nascimentos ocorreram em 160 municípios, distribuídos em nove Estados do Brasil. Os casos ultrapassaram a barreira do Nordeste e chegam agora ao Centro-Oeste. O maior número de notificações foi feito em Pernambuco: 487 registros. Em seguida está a Paraíba (com 96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9), Bahia (8) e Goiás (1).
“Além da dengue, que mata, e da chikungunya, que aleija, temos agora o problema da zika, que causa microcefalia. É um problema de dimensões muito grande para a gente enfrentar”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
O ministro observou que medidas estão sendo adotadas e citou como exemplo a reativação de um grupo especial, criado pela primeira vez no enfrentamento da pandemia de gripe A. Formado por 17 ministérios, o grupo pretende traçar estratégias para combater o mosquito vetor das três doenças, o Aedes aegypti. “Como estamos vivendo um caso inédito, temos de criar nossas alternativas. Não há absolutamente nada na literatura internacional, daí a necessidade de se experimentar tecnologias novas.”
Entre as alternativas estudadas está a adoção de mosquito transgênico e o uso de mosquito infectado por uma bactéria, a Wolbachia. Embora promissoras, o ministro observa que tais iniciativas não estão disponíveis imediatamente. “Será que haveria mosquitos transgênicos suficientes para usar no País? Será que seria possível usá-lo? Não temos essas respostas agora”, completou. Ele lembrou ainda das pesquisas para desenvolvimento de uma vacina contra dengue. “Estamos com um problemão para resolver.
Terá de ser resolvido por todos juntos, governo federal, estaduais, municipais e toda população”, disse o ministro. “Temos de ter a compreensão do drama humano que estamos enfrentando.”