Histórico

Brasil oferece ajuda a Cuba após furacões

Gustav e Ike deixaram milhares de desabrigados na Ilha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ofereceu ao presidente cubano Raúl Castro ajuda humanitária para aliviar os estragos causados pelas passagens dos furacões Gustav e Ike pela ilha. Segundo disse uma fonte do Planalto, Lula telefonou para Raúl Castro para prestar solidariedade e ficou comovido durante a conversa de cerca de uma hora. O presidente cubano teria relatado ao colega brasileiro um cenário de devastação, em que plantações foram quase que totalmente destruídas.

Lula convocou reunião de emergência com sete ministérios para definir como e quando prestar apoio a Cuba. O grupo, formado pelos ministérios das Relações Exteriores, Minas e Energia, Agricultura, Integração, Casa Civil, Saúde e Justiça, se reuniu para decidir as providências a serem tomadas nos próximos dias. Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, telefonou para o presidente do Haiti, René Préval, oferecendo o mesmo tipo de ajuda. O Haiti foi severamente atingido por quatro tempestades e furacões. Não está descartado o envio de ajuda à República Dominicana e à Jamaica.

A ajuda humanitária dominou também a reunião de coordenação política, que contou com a presença do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, secretário-geral do Itamaraty, que vai coordenar o grupo de trabalho. O envio de auxílio financeiro chegou a ser cogitado, mas Samuel teria dito, segundo ministro presente ao encontro, que os países não querem dinheiro por não terem o que comprar. As embaixadas de Cuba e Haiti foram acionadas para estudar a logística do envio da ajuda humanitária. Assim que for possível, um avião Hércules da Força Aérea Brasileira vai levar aos dois países alimentos e medicamentos. Lula quer que o Brasil envie ainda médicos e material de construção e para recuperação da rede elétrica.

O furacão Gustav atingiu Cuba há 10 dias com ventos de 240 quilômetros por hora, danificando mais de 100 mil casas e afetando seriamente a infra-estrutura civil e a agricultura. O furacão Ike, com ventos de 120 quilômetros, deixou quatro mortos e um rastro de destruição em sua passagem de quase dois dias pela ilha.

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