O governo brasileiro decidiu não adotar o horário de verão em 2024, conforme anunciado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após reunião com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta quarta-feira, 16. A decisão foi tomada considerando a segurança energética do país e a recuperação ainda modesta da situação hídrica. A possibilidade de reavaliar a implementação do horário de verão em 2025 foi mencionada, mas vai depender de análise do cenário elétrico e produtivo.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) havia recomendado o retorno do horário de verão em setembro, mas o aumento das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas em outubro levou o ministério a descartar a mudança para 2024. O ministro enfatizou que não há necessidade de adiantamento dos relógios, garantindo a segurança no fornecimento de energia.
Historicamente, o horário de verão foi adotado no Brasil de forma contínua entre 1985 e 2018, com os relógios sendo adiantados entre outubro e fevereiro/março. A medida foi interrompida em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, e desde então, não foi reinstaurada.
Com a decisão de manter o horário atual, o governo busca equilibrar as necessidades energéticas com a situação hídrica do país, ressaltando a importância de monitorar as condições climáticas e os impactos no setor elétrico para futuras decisões.