DA REDAÇÃO – Em uma lista com 39 países, o Brasil foi o que apresentou o pior resultado de variação do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, segundo levantamento divulgado na quinta-feira (1) pela consultoria Austing Ratings baseado na variação frente ao mesmo período de 2016.
A economia do Brasil cresceu 1% nos primeiros três meses de 2017 em relação ao trimestre imediatamente anterior, após oito quedas seguidas, puxado pelo bom desempenho do agronegócio. Mas, na comparação com o mesmo período de 2016, houve queda de 0,4%, no 12º resultado negativo seguido, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE).
A lista inclui países que representam 83% do PIB mundial e que já divulgaram seus resultados trimestrais do PIB.
A Austing Rating destacou em relatório que, mais uma vez, o Brasil foi superado pelas economias da Grécia, Ucrânia e Rússia, que nas edições anteriores estavam com desempenhos piores. Outras economias que apresentaram resultados muito ruins nas edições anteriores, como a Venezuela, até o momento não divulgaram seus resultados.
Nos três primeiros meses de 2017, o PIB do Brasil avançou 1,0% em relação ao 4º trimestre do ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, a economia do país produziu R$ 1,595 trilhão.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2015 e 2016, a atividade econômica havia encolhido 3,8% e 3,6%, confirmando a pior recessão da história do país.
Tecnicamente, o resultado tira o Brasil da recessão após dois anos. Mas para boa parte dos economistas, ainda é cedo para decretar que a crise acabou, pois não há sinais claros de recuperação em todos os setores e permanecem dúvidas sobre os próximos meses.
Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque Pali, o avanço do PIB ocorreu sobre uma base bastante deprimida. “A gente está no mesmo patamar do final de 2010”, destacou.
Posição | País | Crescimento |
1 | China | 6,9% |
2 | Filipinas | 6,4% |
3 | Índia | 6,1% |
4 | Malásia | 5,6% |
5 | Indonésia | 5% |
6 | Estônia | 4,4% |
7 | Hong Kong | 4,3% |
8 | Hungria | 4,1% |
9 | Israel | 4% |
10 | Polônia | 4% |
30 | Estados Unidos | 1,9% |
39 | Brasil | -0,4% |
Fonte: Austing Rating |