A Seleção Brasileira de Futebol decepcionou em seu jogo de estreia, mas mostrou bom futebol contra Costa Rica, sobretudo na segunda etapa. Após um primeiro tempo morno no qual o Brasil pouco criou, Tite processou uma alteração que deu mais vitalidade ao ataque. Saiu William do Chelsea para entrada de Douglas Costa da Juventus. E logo aos 5 minutos do segundo tempo Gabriel Jesus cabeceou uma bola com maestria que explodiu no travessão de Keylor Navas. Aliás, o arqueiro da seleção centro-americana e do Real Madrid foi o protagonista do empate em 0 a 0 que perdurou até 45 minutos do segundo tempo quando Coutinho completou para as redes a boa jogada iniciada com o cruzamento de Marcelo, o cabeceio de Firmino e a ajeitada de Gabriel Jesus para o meia do Barcelona fuzilar Navas. E ainda deu tempo de Neymar marcar seu primeiro gol na Copa da Rússia ao completar para a rede o cruzamento de Douglas Costa aos 52 minutos da segunda etapa.
O final da partida teve cenas inusitadas como o choro de Neymar e a queda de Tite ao correr para abraçar seus jogadores. Agora, mais aliviado, o Brasil deve carimbar sua passagem para as oitavas de final onde pode enfrentar Alemanha, México ou Suécia. Paradas duras, por certo. Mas quem quer ser campeão não pode escolher adversário, não é verdade?
El drama de los hermanos
A situação da Argentina está ainda pior do que a do Brasil. Depois de empatar com a Islândia em 1 a 1, com direito a uma penalidade máxima cobrada por Messi e defendida pelo goleiro islandês, Jorge Sampaoli decidiu processor uma série de alterações em sua equipe. O resultado foi frustrante. Depois de um primeiro tempo equilibrado, a Croácia triturou a Argentina com o placar de 3 a 0. O primeiro gol surgiu depois de uma falha clamorosa de Willy Caballero que tentou devolver a bola para um zagueiro argentino dentro da área e simplesmente levantou a bola para o atacante Rebic pegar de voleio um tiro seco indefensável para o arqueiro portenho. O gol foi um balde de água fria na insegura seleção argentina, onde nem Messi consegue se salvar da mediocridade. Sem tática e jogando apenas no abafa, sobretudo após as entradas de Higuain, Dibala e Pavón, os albicelestes se limitaram a fazer chuveirinhos para a área croata, facilmente neutralizados pelos zagueiros Vida e Lovren. De quebra, deixou o contra-ataque para os habilidosos meias da seleção dos Balcãs. E não deu outra. Luka Modric pegou a bola na entrada da área, tirou do zagueiro Otamendi e acertou um chute certeiro no canto esquerdo de Caballero. Nº 10 da Croácia e do Real Madrid levou a melhor sobre nº 10 da Argentina e do Barcelona. E foi exatamente um companheiro de clube de Lionel Messi que definiu o placar ao receber um passe de Kovacic dentro da área e tocar no canto direito de Caballero. Agora, só resta a nuestros hermanos torcer para um empate entre Nigéria e Islândia e bater a seleção africana. E ainda tem de torcer para a seleção da Islândia não derrotar os croatas, líderes do grupo e já classificados para as oitavas de final.
Alemanha é outra poderosa ameaçada
Antes de comentar atuação da equipe germânica, um dado. Desde 1930, quando foi realizada a primeira Copa do Mundo no Uruguai, quatro seleções estiveram em todas finais da competição com exceção da final de 2010 na Copa do Mundo na África do Sul que reuniu Espanha e Holanda. Em todas outras edições, sempre estiveram em uma das finais as seleções do Brasil, Alemanha, Itália e Argentina. Este ano, porém, o futuro parece nebuloso para estes super favoritos. Itália sequer se classificou para a Copa, enquanto Argentina está à beira da desclassificação. O Brasil precisa desesperadamente da vitória sobre a Costa Rica para continuar sonhando com o Hexa, enquanto Alemanha também tem de se recuperar para a derrota diante do México por 1 a 0, que surpreendeu muita gente. Não a mim. Algum tempo não estou vendo a seleção alemã praticando um bom futebol. Caso perca para a Suécia na segunda rodada, pode afivelar as malas e retornar para Berlim.
Seleção anfitriã, a surpresa
Está certo que jogou contra duas seleções fraquíssimas, mas as vitórias de 5 a 0 sobre Arábia Saudita e 3 a 1 sobre Egito credenciam a Rússia como uma das boas surpresas na primeira fase da Copa do Mundo em sua casa. Tendo mostrado um futebol pobre nos amistosos, onde sofreu várias derrotas, a seleção local parece ter renascido em casa, com boas atuações de Cherysev, Dzuba, Zhikov e até o lateral direito Mario Fernandes, brasileiro naturalizado russo. Apenas com comparação, a seleção uruguaia enfrentou os mesmos adversários e também venceu. Porém, com dois 1 a 0 e jogando um futebol de baixa qualidade. A partida entre Rússia e Uruguai servirá para definir quem será o campeão do Grupo 1 e também mostrará se a seleção russa é realmente potencial concorrente ao título ou apenas soube aproveitar bem as fragilidades de seus adversários.
Portugal e Espanha não entusiasmam
Apesar de Cristiano Ronaldo estar liderando a tábua de artilheiros, as atuações das seleções de Portugal e Espanha não vem entusiasmando. Depois de um emocionante empate entre os ibéricos, ambos sofreram para vencer Marrocos e Irã, ambos por 1 a 0. Destaque para os artilheiros CR7, autor dos quatro gols lusos na competição, e Diego Costa, brasileiro naturalizado espanhol qu marcou três dos quatro gols de la Furia.
Bélgica e Inglaterra, interessantes
Bégica e Inglaterra podem pintar como surpresas e avançar na competição. O English Team sofreu para derrotar a limitada Tunísia por 2 a 1 (dois gols de Harry Kane), mas mostrou algum sentido de organização, enquanto a badalada “geração belga” parece que finalmente sairá da expectativa para se tornar realidade. Após um primeiro tempo de pouco brilho diante do Panamá no primeiro tempo, os belgas desencantaram e derrotaram os centro-americanos por 3 a 0, com direito a um golaço de Mertens e dois de Lukaku, outro que briga pela artilharia do torneio.
Sensação, México
A seleção Mexicana tenta há seis copas avançar para as quartas de final do torneio. La tricolor tenta nesta edição avançar às quartas de final da competição. E largou bem! Derrotou a favorita Alemanha por 1 a o com direito à um baile tático de Juan Carlos Osório sobre Joachim Low. Aliás, México vem salvando a honra dos latino-americanos – junto com Uruguai, mas este vem jogando futebol sofrível. Além das esmaecidas participações de Brasil e Argentina, outras também foram mal. Colômbia estreou com derrota para o Japão, assim como Panamá. Pior, no entanto, é a situação do Peru, que volta a Lima após duas derrotas e 36 anos sem participar do Mundial.