Nesta quinta-feira, a equipe de Carlos Alberto Parreira estreou na Copa das Confederações com vitória por 3 a 0 sobre a Grécia no estádio Zentral, em Leipzig, na Alemanha.
No confronto em Leipzig, os brasileiros enfrentaram a virtude que conduziu à Grécia ao título na última Eurocopa, seu potencial de marcação. Mas, com paciência e toque de bola veloz, a seleção de Parreira conseguiu se impor na partida desde o começo e acabou vencendo com gols de Adriano, Robinho e Juninho Pernambucano.
Entre as conseqüências da vitória em Leipzig deve estar a que o quarteto de frente pode ganhar um novo gás na avaliação de Parreira. Contra os gregos, Ronaldinho, Kaká, Robinho e Adriano voltaram a mostrar a mesma desenvoltura da estréia do esquema ofensivo, na vitória sobre o Paraguai nas eliminatórias.
O triunfo sobre os gregos também foi uma vitória pessoal de Adriano, que vinha de atuações irregulares pela seleção. Durante a semana, o herói nacional na última Copa América chegou a admitir que estava devendo gols e bom desempenho em jogos pelo Brasil. Além do bom futebol, o atacante marcou o primeiro gol da partida.
No jogo, depois de abrir vantagem no placar, Parreira tirou de campo os atletas que vinham reclamando da maratona e falta de férias: Ronaldinho, Kaká e Adriano. Os três também tiveram pedido de dispensas feito por seus respectivos clubes.
Com o resultado, o Brasil soma três pontos e divide a liderança do grupo B com o México, que derrotou o Japão por 2 a 1 no outro jogo da chave nesta quinta-feira. No entanto, os brasileiros levam vantagem no saldo de gols.
No domingo, a seleção brasileira volta a campo para enfrentar o México, na cidade de Hanover, no confronto que valerá a liderança e a possível classificação antecipada à semifinal.
Roque Júnior, capitão – A partida desta quinta-feira marcou a estréia de Roque Júnior como capitão brasileiro. O zagueiro, que vinha de atuação criticada nas eliminatórias, herdou a tarja que pertence a Cafu (poupado na Copa das Confederações) e havia sido rejeitada pelo goleiro Dida durante a semana. Em seu histórico na seleção, Roque Júnior tem como principal conquista o pentacampeonato mundial em 2002, quando foi titular da zaga do então técnico Luiz Felipe Scolari.
O Brasil dominou todo o primeiro tempo e sempre jogou melhor do que a seleção grega. Mas a superioridade brasileira se materializou apenas aos aos 40min, quando Adriano recebeu na esquerda, tirou Kyrgiakos do lance e bateu forte no canto esquerdo de Nikopolidis.
No segundo tempo, aos 42 segundos, o Brasil chegou ao segundo gol. Gilberto fez grande jogada pela ala esquerda e cruzou na área. A bola passou pelo goleiro Nikopolidis e encontrou Robinho, que empurrou para as redes.
Aos 20min, Ronaldinho Gaúcho quase aumentou o placar em cobrança de falta defendida por Nikopolidis. Quinze minutos depois, Juninho Pernambucano, que entrou no segundo tempo, definiu a vitória brasileira em cobrança perfeita de falta.
BRASIL
Dida; Cicinho, Roque Junior, Lúcio e Gilberto; Emerson, Zé Roberto, Kaká (Juninho Pernambucano) e Ronaldinho Gaúcho (Renato); Robinho e Adriano (Ricardo Oliveira)
Técnico: Carlos Alberto Parreira
GRÉCIA
Antonis Nikopolidis; Angelos Basinas, Yiannis Goumas, Giourkas Seitaridis (Vyntra) e Sotiris Kyrgiakos; Stelios Giannakopoulos, Theodoros Zagorakis (Amanatidis), Giorgios Karagounis e Kostas Katsouranis; Zisis Vryzas (Papadopoulos) e Angelos Charisteas
Técnico: Otto Rehaggel
Data: 16/06/2005 (quinta-feira)
Local: estádio Zentral, em Leipzig (Alemanha)
Árbitro: Lubos Michel (SVK)
Cartões amarelos: Karagounis, Kyrgiakos (G)
Gols: Adriano, aos 40min do primeiro tempo; Robinho, a 1min; Juninho Pernambucano, aos 35min do segundo tempo