DA REDAÇÃO – Os aplicativos já correspondem à 80% de todo o tempo que usuários gastam nos smartphones. A estatística faz parte de um estudo da Liftoff, líder em marketing e retargeting de aplicativos para dispositivos móveis, que lançou o Relatório de Tendências de Apps para Dispositivos Móveis.
Em 2019, já foram feitos 143 bilhões de downloads, o que representa $120 bilhões em gastos nas lojas de apps ao redor do mundo. Entre os países que mais baixam aplicativos, o Brasil se encontra na terceira posição, atrás apenas de Índia e EUA. O Relatório de Tendências de Apps para Dispositivos Móveis da Liftoff tem como base a análise de dados internos entre 2018 e 2019, incluindo 349 bilhões de impressões, 5.35 bilhões de cliques, 128 milhões de instalações de apps e 76.6 milhões de eventos pós-instalação.
“O Brasil tem como característica o aumento nos downloads impulsionado por novos usuários, devido à entrada de novos dispositivos no mercado e de uma demanda reprimida por aplicativos de todos os tipos”, diz Antonio Affonseca, diretor de vendas da Liftoff no país. Isso faz com que os brasileiros estejam entre os menos leais aos aplicativos que baixa. Em 30 dias, apenas 2.5% dos usuários continuam utilizando um app, por exemplo.
Esse comportamento se reflete no uso de aplicativos de Compra. Segundo o relatório, 27% dos usuários se registram, mas, não fazem compras. Porém, 60% dos e-shoppers brasileiros já utilizaram esses canais, segundo recente pesquisa do Google. E, com a proximidade de datas como a Black Friday, conforme levantamento da AppAnnie, os downloads aumentam 27%. O comportamento também está relacionado ao fato de que Jogos e Compras não são categorias de apps que as pessoas baixam com finalidades específicas, como é o caso de Finanças e Namoro.
Por outro lado, o relatório mostra que a América do Norte tem os usuários mais engajados, mas também os mais caros, enquanto a região EMEA – que engloba Europa, Oriente Médio e África – tem o melhor equilíbrio entre retenção de usuários e preço. O Japão lidera com o maior índice de retenção de usuários, de 5.4%. A diferença do Brasil em relação aos norte-americanos, europeus e asiáticos, no entanto, é compensada em outros níveis: o país sul-americano fica atrás apenas da Indonésia entre os que mais crescem para profissionais de marketing de aplicativos.
Por fim, o relatório também destaca que um grande desafio para o setor são as fraudes em anúncios, que custam bilhões de dólares às empresas. O comércio eletrônico é hoje o segmento que corre o maior risco, já que responde por quase um terço (30.76%) das instalações fraudulentas de apps.