Atrás de Chile, Argentina, Belize e até da Jamaica. Essa é a realidade brasileira quando o assunto é empreendedorismo, mostra um ranking mundial elaborado sobre o assunto. Na 92ª posição, o Brasil avançou oito casas no Índice Global de Empreendedorismo 2016 (GEI, em inglês), realizado pela Rede Global de Empreendedorismo e o Instituto GEDI (The Global Entrepreneurship and Development Institute). O ranking é composto por 132 países.
O estudo, realizado anualmente, avalia três sub-índices (atitudes, habilidades e aspirações), que se desdobram em 14 pilares (como percepção de oportunidade, capital humano e internacionalização) e 31 indicadores para identificar as oportunidades e desafios de cada economia.
O índice dá notas de 0 a 100 para cada nação. O Brasil ficou com 26,1, enquanto o primeiro colocado, Estados Unidos, recebeu 86,2. A última posição é do país africano Chade, com 9,9.
“O Brasil teve um avanço no GEI porque alguns itens que já eram fortes no país, como percepção de oportunidades de negócio e o status do empreendedor na sociedade, se mantiveram muito fortes”, diz Pablo Ribeiro, diretor de Pesquisa e Mobilização da Endeavor. Ele afirma que houve ainda uma pequena melhora em pontos fracos do país, como internacionalização, que engloba fatores como taxas de importação e exportação, e inovação tecnológica. Um outro gargalo da economia brasileira é a capacitação do capital humano, segundo Ribeiro. “Capacitação do empreendedor e da equipe são fundamentais para melhorarmos esse Índice”, diz.
O GEI usa indicadores institucionais (dados econômicos e de infraestrutura) e individuais (de comportamento dos empreendedores), explica Pablo Ribeiro, diretor de Pesquisa e Mobilização da Endeavor, instituição de fomento ao empreendedorismo que integra a Rede Global de Empreendedorismo.