O destino de Saifullah Al Mamun, cidadão de Bangladesh preso no Brasil desde 2019, está prestes a ser decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Conhecido como o “maior contrabandista de pessoas do mundo” pela Polícia Federal, Al Mamun enfrenta uma disputa judicial que envolve pedidos de extradição dos Estados Unidos, onde ele é acusado de tráfico de pessoas e conspiração.
Al Mamun já foi condenado no Brasil a 22 anos e 2 meses de prisão por promover imigração ilegal e lavagem de dinheiro. As investigações revelaram que ele estava à frente de uma operação que mantinha migrantes em condições desumanas em São Paulo, antes de encaminhá-los para os Estados Unidos. Vídeos encontrados no seu computador comprovam sua participação ativa no esquema, onde ele acompanhava a jornada dos migrantes até o México.
Os Estados Unidos solicitam sua extradição para julgá-lo em oito casos relacionados ao tráfico de pessoas, com penas que incluem prisão perpétua ou até pena de morte, especialmente no Texas, onde tramitam as ações. Al Mamun foi capturado há cinco anos pela Polícia Federal numa operação internacional que desmantelou uma rede de coiotes que contrabandeava pessoas para os USA, movimentando mais de 10 milhões de reais entre 2016 e 2019, segundo informação do jornal O Estado de São Paulo.
A defesa de Al Mamun argumenta que ele não traficou pessoas, apenas facilitou a imigração ilegal. Eles alegam que, devido a sua deficiência física, ele tem direito à progredir ao regime aberto e que seu problema de saúde não permite a extradição. Além disso, os advogados defendem que as acusações no Brasil não envolvem maus-tratos, o que poderia reduzir a gravidade dos crimes.