Não foi a estreia que a torcida brasileira esperava. Depois de 30 minutos bem jogados, a Seleção Brasileira permitiu à Suíça ser mais atrevida e eles viram que não estavam diante do temido bicho papão. Daí, foram para cima e arrancaram um empate – até inesperado para as pretensões deles.
Realmente, a seleção de Tite não mostrou a costumeira harmonia entre as linhas que vinha apresentando nas Eliminatórias e nos amistosos. A má atuação de Paulinho – que há alguns jogos vem sendo bastante dispersivo – contribuiu para os suíços tomarem conta do meio campo. Eles povoaram a meia cancha com Behrami, Xhaka, Dzeimali e Scharr e, assim, impediram a troca de passes eficiente que caracteriza a equipe brasileira.
A partida piorou após o gol de empate da Suíça. Um gol bem discutível, aliás. As câmeras mostram Zuber, o autor do gol, empurrando o zagueiro Miranda. Não é possível avaliar se o deslocamento serviu para tirá-lo da posição, mas, no mínimo, o árbitro deveria pedir a revisão do lance pelo VAR – afinal, lances polêmicos devem ser analisados pela arbitragem externa. Pois bem, a igualdade deu novo ânimo aos jogadores da seleção europeia que mostravam cada vez mais disposição nas divididas. Muitas vezes, o empenho era substituído pela violência, sobretudo em cima de Neymar, caçado em campo pelos adversários.
Apesar de não ter feito uma apresentação brilhante, a Seleção Brasileira tem motivos para reclamar da arbitragem do mexicano César Ramos. Gabriel Jesus fez uma boa jogada, tocou para Renato Augusto e recebeu de volta. Girou o corpo sobre o zagueiro Ajanka e, quando se preparava para concluir, foi seguro claramente pelo zagueiro da Suíça. Pênalti claro ignorado pelo árbitro. Pior, sequer recorreu ao auxílio do VAR para dirimir dúvidas.
Na sexta-feira (22), o Brasil enfrenta a Costa Rica, derrotada na estreia pela Sérvia por 1 a 0, com obrigação de vencer. No outro jogo da chave, Sérvia e Suíça se enfrentam em uma verdadeira decisão. O vencedor aumentará bastante as chances de classificação no grupo. No caso da Sérvia, carimbará a passagem para as oitavas de final.
Agora, é momento de Tite e comissão técnica analisar onde houve o problema que emperrou a fluidez da Seleção Brasileira. Em minha opinião, o ponto fraco tem sido Paulinho. O certo seria o treinador trocá-lo por Renato Augusto que tem um passe melhor e, portanto, distribui o jogo com mais consistência. Casemiro recebeu o cartão amarelo e teve de ser substituído por Fernandinho para evitar uma possível expulsão, pois ele joga na proteção da zaga e outra falta dura poderia significar o segundo cartão amarelo e sua saída da partida e desfalque contra a Sérvia.
Se Brasil e Argentina decepcionaram, o que dizer da Alemanha? A atual campeã do mundo tomou um baile tático do México e tem de agradecer aos céus por ter sido apenas por 1 a 0. Estivessem os atacantes mexicanos mais inspirados, o placar seria pelo menos 3 a 0. Finalmente, a seleção mexicana derrotou a seleção alemã em jogos de Copa do Mundo. É bom ficar atento porque deste grupo sai o adversário do Brasil nas oitavas de final. Pelo que as duas seleções mostraram, melhor pegar Alemanha e eliminá-los da competição. Isto é, se conseguirem se classificar, porque com este futebolzinho mequetrefe correm risco de voltar mais cedo para Berlim.