Antonio Tozzi Esportes

Brasil decepciona na Copa América

Dorival Jr. lamentou o pênalti em cima de Vinicius Jr. não marcado pela arbitragem, mas precisa melhorar a equipe para eliminar o Uruguai (Foto: Flickr/CBF)
Dorival Jr. lamentou o pênalti em cima de Vinicius Jr. não marcado pela arbitragem, mas precisa melhorar a equipe para eliminar o Uruguai (Foto: Flickr/CBF)

O futebol certamente é o esporte mais imprevisível em termos de resultados. Claro que as equipes mais estruturadas, aquelas que contam com os melhores jogadores, com os treinadores mais estratégicos e com uma organização mais profissional levam vantagem em relação aos seus concorrentes. Entretanto, isto não entra em campo e, algumas vezes, as “zebras” acontecem. 

Essa introdução serve para justificar a participação do Brasil na Copa América. Apesar de reunir as condições citadas acima, a Seleção Brasileira vem fazendo uma campanha decepcionante. O Brasil possui o elenco mais estrelado e mais caro da competição, inclusive a presença de Vinicius Jr., atacante do Real Madrid que se tornou um dos expoentes da equipe madrilenha. Além dele, estão na equipe atletas de nível como Rodrygo, companheiro de Vini no Real Madrid, o meio-campo tem jogadores que atuam na English Premier League (EPL): Lucas Paquetá (West Ham), Bruno Guimarães (Newcastle), João Gomes (Wolverhampton), Andreas Pereira (Fulham) e Douglas Luiz (Aston Villa, que está se tranferindo para a Juventus-ITA), e Ederson (Atalanta).

O ataque conta ainda com as presenças de Gabriel Martinelli (Arsenal), Raphinha (Barcelona), Evanilson (Porto), Savinho (Girona) e Endrick (recém-contratado pelo Real Madrid junto ao Palmeiras). Os goleiros são Allisson (Liverpool), Bento (Athletico-PR) e Rafael (São Paulo), enquanto os defensores jogam no exterior, com excecão de Guilherme Arana (Atlético-MG): Danilo (Juventus), Yan Couto (Girona), Wendell (Porto), Marquinhos (PSG), Eder Militão (Real Madrid), Bremer (Juventus), Gabriel Magalhães (Arsenal) e Beraldo (PSG). 

Ou seja, no papel, é uma seleção valorizada. Porém, em campo, as atuações da Seleção Brasileira têm deixado os torcedores frustrados. A equipe não possui um meio campo criativo e apela com frequência com lançamentos longos à procura de um atacante rápido. A bola simplesmente não passa pelos armadores que teriam a missão de acionar os atacantes. Desta forma, o Brasil tem criado muito pouco em termos de oportunidades de gol.

Em comparação com as outra seleções sul-americanas, a Seleção Brasileira está atrás de Argentina, Uruguai e Colômbia. Até mesmo a Venezuela obteve 100% de aproveitamento em seu grupo! É preciso dar tempo a Dorival Junior para dar uma característica a essa equipe, que hoje parece um bando em campo e por isto vem sendo dominada pelos adversários.

Claro que o treinador brasileiro necessita encontrar soluções dentro do elenco (que é qualificado, mas não excepcional) e sair da mesmice. Na Copa América, suas escalações e substituições têm sido conservadoras, facilitando a marcação dos adversários e pressionando a saída de bola da Seleção Brasileira, como ocorreu na partida conta a Colômbia. E Dorival tem de achar a formação ideal rapidamente porque o Brasil está fazendo uma Eliminatória da Conmebol horrorosa.

Ironicamente, o forte da Colômbia é seu meio campo, formado por Richard Rios (Palmeiras), Jhon Arias (Fluminense) e sobretudo James Rodriguez (São Paulo), o melhor jogador da partida. Ou seja, a Seleção Brasileira foi dominada por uma seleção colombiana composta por jogadores que atuam em clubes brasileiros.

Após o encerramento da fase de grupos, a Colômbia terminou em primeiro lugar, com 7 pontos, enquanto o Brasil ficou na segunda posição com 5 pontos. A Costa Rica, que derrotou o Paraguai por 2 a 1, terminou em terceiro lugar, com 4 pontos, e o Paraguai saiu da competição sem marcar nenhum ponto.

As quartas de final começam na sexta-feira (5) com esses jogos: Argentina x Equador e Venezuela x Canadá. No sábado (6), enfrentam-se Colômbia x Panamá e Brasil x Uruguai. O jogo do Brasil será disputado em Las Vegas, a partir das 9:00 PM (horário do Leste). Quem quiser acompanhar a partida pela TV pode sintonizar a Univision e a TUDN para transmissão em espanhol ou a Fox Sports em inglês.

Eurocopa tem final antecipada nas quartas de final

A Eurocopa 24 marca a despedida de Toni Kroos, craque da seleção alemã e do Real Madrid, dos gramados. Sua classe e categoria deixarão saudades (Foto: dw)

Espanha x Alemanha é a partida que abre as quartas de final da Eurocopa 24 na sexta-feira (5). Para muita gente, inclusive eu, esta partida deveria ser a final da Eurocopa por tudo aquilo que as seleções europeias apresentaram até agora. Infelizmente, pelo chaveamento, as duas seleções vão se enfrentar e consequentemente uma passará para a semifinal, enquanto a outra lamentavelmente será eliminada.

O vencedor dessa partida enfrentará o ganhador do duelo entre Portugal e França. A seleção francesa, comandada por Mbappé, chegou na Alemanha com a pinta de favorita, mas até agora não mostrou um futebol encantador. Seu adversário tem excelentes jogadores e esta é a última Eurocopa de Cristiano Ronaldo. O craque gostaria de encerrar sua carreira com mais um título da competição, que a seleção portuguesa conquistou em 2016.

Do outro lado da chave, os jogos marcados para sábado (6), são esses: Inglaterra x Suíça e Holanda x Turquia. A seleção inglesa também chegou com o selo de favorita, mas até agora tem decepcionado. Inclusive, esteve a ponto de ser eliminada pela Eslováquia, e foi salva com um gol em cima da hora anotado por Jude Bellingham. No início da prorrogação, Harry Kane marcou um gol e definiu a partida a favor do English Team. A Suíça, embora não seja uma seleção brilhante, possui um sistema de jogo definido e pode surpreeender a equipe comandada por Gareth Southgate.

O outro duelo do sábado reúne Holanda e Turquia. Promete ser um jogo interessante. A Holanda, depois de um início titubeante, fez uma ótima partida diante da Romênia, nas quartas de final, vencendo por 3 a 0, enquanto a Turquia vem mostrando uma seleção de muita garra e conta com uma torcida fanática, porque a Alemanha abriga uma forte população de turcos, que atuam sobretudo no mercado da construção. A seleção turca eliminou a favorita Áustria com dois gols do zagueiro Demiral. O time suíço chegou a diminuir, mas não conseguiu evitar a desclassificação.

Tanto a final da Copa América como a da Eurocopa estão marcadas para o domingo, 14 de julho. A decisão da Eurocopa será disputada no Estádio Olímpico, em Berlim, enquanto a Copa América terá o Hard Rock Stadium como palco de decisão.

Quem quiser acompanhar a partida pela TV pode sintonizar a Univision e a TUDN para transmissão em espanhol ou a Fox Sports em inglês.


Miami Heat seleciona um pivô e Orlando Magic escolhe brasileiro

Miami Heat seleciona o pivô Kel’el Ware para resolver seu problema defensivo no garrafão (Foto: Indiana University Athletics)

Os dois times de basquete da Flórida estão tentando melhorar suas equipes para se tornarem mais competitivas para a temporada 24/25.

O Miami Heat teve a escolha nº 15 e optou por Kel’el Ware, que jogou como pivô na Indiana University. Em 2023-24, Ware teve uma média de 15,9 pontos, 9,9 rebotes, 1,9 bloqueios e 1,5 assistências em 32,1 minutos em 30 jogos, todos eles como titular. O homem de 2.13m (7 pés) também mostrou o seu potencial de tiro exterior, convertendo 42,5% das suas 1,3 tentativas de três pontos por jogo. Pelos seu desempenho, Ware foi nomeado pela imprensa para a segunda equipe All-Big Ten e conseguiu um lugar na equipe All-Defensive Team da Big Ten.

Ware possui um conjunto de habilidades altamente cobiçado. Ele pode ser mais efetivo no ataque enquanto protege o garrqfão na defesa. O gigante tem uma série de movimentos de poste à sua disposição e consegue encontrar companheiros de equipe abertos quando enfrenta marcação dupla. No pick-and-roll, Ware pode passar para três, ser um passador capaz no short roll ou finalizar lobs. Defensivamente, Ware é capaz de utilizar o seu comprimento e a sua envergadura de 1.80 m para se manter vertical e eliminar os lançamentos no aro.

Além de Ware, Miami Heat optou por Nikola Djurisic, como sua 43ª escolha. Ele veio após a troca de com o Atlanta Hawks. O draft nº 44 é Pelle Larsson, também veio de uma troca com Atlanta Hawks.

Larsson jogou quatro anos no nível universitário, passando seu primeiro ano em Utah e as três campanhas seguintes no Arizona. Larsson foi titular em 18 das 25 partidas que disputou como calouro pelo Utes, com média de 8,2 pontos, 3,2 rebotes e 2,8 assistências por partida. Ele se transferiu para o Arizona no segundo ano, mas seu mandato com os Wildcats não começou bem, pois Larsson foi titular em apenas duas de suas 37 partidas, registrando uma média de 20,7 minutos por jogo, a menor de sua carreira.

Orlando Magic selecionou Tristan da Silva como sua escolha nº 18. Apesar de ter nascido em Munique, Alemanha, da Silva tem raízes no basquetebol, com o seu irmão a jogar profissionalmente pelo Barcelona. Uma inclusão consecutiva da equipe All-Pac-12, da Silva alimentou o Colorado para sua primeira aparição no Torneio da NCAA desde a temporada 2020-21 com médias de 16.0 pontos, 5.1 rebotes, 4.2 assistências e 1.7 roubos mais bloqueios em 49.3 / 39.5 / 83.5% de tiro.

Tristan da Silva, alemão e filho de brasileiros, foi a principal escolha do Oralndo Magic para a temporada 24/25 (Foto: Coloradoan)

Tristan da Silva solidificou seu status como uma arma de pontuação de vários níveis de boa-fé em 2023-24, terminando no 76º percentil ao converter 63.5% de seus arremessos na borda, classificando-se no 82º percentil ao derrubar 46.7% de seus arremessos no midrange, e enlatando 48.4% de suas tentativas de captura e tiro de 3 pontos sem proteção. Detalhe importante: apesar de ser alem~ao de nascimento, o jogador é filho de pais brasileiros.

Além dele, Orlando Magic selecionou António Reeves, como escolha nº 47, e anunciou que ele foi trocado para o New Orleans Pelicans.

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