O número de postos de trabalho com carteira assinada criados no Brasil atingiu 1,254 milhão em 2005, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho).
O número é 17,7% inferior ao desempenho de 2004, quando foram geradas 1,523 milhão de vagas formais.
Para o ministro Luiz Marinho (Trabalho), a queda no ritmo de crescimento foi causada, entre outros fatores, pelas altas taxas de juros estipuladas pelo Banco Central durante o ano de 2005.
“Essa queda é por conta da nossa querida e estimada Selic `a taxa básica de juros`”, disse Marinho. “Esse é o principal motivo e é por essa razão que esperamos que em 2006 seja menor do que em 2005.”
Ele afirmou que os juros devem cair “mais de 0,5 ponto” percentual na reunião do Copom que acontece nesta quarta-feira (18/01) E, até o final do ano, deve recuar dos atuais 18% para entre 13% e 14%, segundo o ministro. Já a maioria dos analistas de mercado espera uma queda de 0,75 ponto percentual nos juros hoje e um patamar de 15% em dezembro.
Para Marinho, o nível dos juros do ano passado teve reflexo principalmente na indústria de transformação, que teve um saldo positivo de apenas 177.500 vagas em 2005, contra 504.600 em 2004.
Segundo ele, neste ano serão criados em torno de 1,5 milhão de vagas formais, o mesmo patamar de 2004. Além da contribuição maior da indústria de transformação em 2006, o ministro também aposta no bom desempenho da construção civil.
Ao final dos quatro anos do governo Lula, o ministro acredita que serão criadas cinco milhões de vagas com carteira assinada e outros três milhões de empregos informais.