Histórico

Brasil Courier abre falência e começa a devolver caixas

Problema maior agora está nas caixas colocadas nos contêineres retidos nos portos brasileiros

Jorge Nunes

A Brasil Courier, empresa de remessas de caixas para o Brasil que vinha passando por problemas na entrega das encomendas, abriu falência e agora encontra-se sob a administração de um trustee (interventor), mas seu ex-proprietário, José Moreira, continua à frente dos esforços para tentar honrar, na medida do possível, os compromissos firmados com os clientes.

A empresa, com sede em Newark (NJ), vinha encontrando dificuldades para fazer chegar as encomendas aos destinatários no Brasil e acabou enfrentando uma onda de reclamações de clientes que não viram suas caixas entregues aos destinatários e nem devolvidas aos remetentes. Choveram reclamações e cobranças e, por conta da situação, Moreira não viu alternativa senão pedir a falência da companhia na semana passada, ainda que continue pessoalmente empenhado em fazer o possível para dar uma satisfação aos clientes lesados, segundo declarou ao AcheiUSA.

“Do total de caixas de clientes da BR Courier que ainda se encontram nos EUA, entre 60 e 70% já foram devolvidas aos remetentes, a maioria nos estados da Califórnia, New Jersey e Massachusetts”, disse Moreira. “Nosso objetivo é retornar aos remetentes todas as que ainda não saíram dos Estados Unidos. Infelizmente, não conseguimos encontrar alguns dos remetentes, que mudaram de endereço ou de telefone. Mas eles podem entrar em contato conosco pelo email contato@brasilcourier.com, que vamos fazer a verificação. Só peço um pouco de paciência, porque o volume de emails é enorme e precisamos de pelo menos 48 horas para responder”, disse o empresário.
O problema maior era no estado da Flórida, onde cerca de 450 caixas que ainda não haviam sido enviadas ao Brasil estavam retidas pelo proprietário do imóvel onde funcionava o armazém da companhia. Moreira, porém, obteve uma liberação por ordem judicial do interventor na BR Courier. “Agora, as caixas começam a ser devolvidas aos clientes da Flórida partir deste sábado, dia 5 de maio”, afirmou o ex-proprietário.

Um segundo e mais grave problema foi a retenção inesperada de vários contêineres em alguns portos brasileiros. Para a liberação, é preciso que os destinatários das caixas apresentem certos tipos de documentos de importação, ou mudança, para a retirada das caixas, e que normalmente não acompanham encomendas do gênero. “Com relação a essas caixas retidas em contêineres no Brasil, infelizmente pouco podemos fazer, e tudo depende de uma ação da Receita Federal para a liberação das encomendas”, disse Moreira. “Mas, ainda assim, insisto que o cliente entre em contato conosco através do email para que verifiquemos a situação da sua encomenda, e se é possível fazer alguma coisa”, completou.

Para os clientes nessa situação, é preciso retirar pessoalmente a mercadoria retida, apresentando-se à Receita Federal e comprovando ser o legítimo destinatário das caixas e do seu conteúdo.

Nem todos os contêineres estão retidos, entretanto. Os que forem liberados terão a encomenda entregue normalmente aos destinatários pela Ramos Transportadora, parceira da BR Courier no Brasil.

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