A exigência de visto para turistas dos EUA, Canadá e Austrália entrarem no Brasil foi adiada para o dia 10 de abril. O requisito seria retomado no próximo dia 10 de janeiro, mas um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva prorrogou a mudança na quinta-feira (4). A medida foi tomada depois que diversos usuários — maioria brasileiros com familiares estrangeiros — passaram a pressionar o Ministro do Turismo, Celso Sabino, via redes sociais, reclamando de problemas no sistema e-Visa.
O governo informou que está trabalhando no melhoramento do sistema e o adiamento irá evitar que o início da implementação da exigência seja feito durante a alta temporada de viagens. “A intenção é garantir uma introdução segura para a medida, sem consequências para o setor de turismo”, informou nota divulgada pela assessoria do Palácio do Planalto.
Sobre os solicitantes estrangeiros que pagaram a taxa de US$ 80.90 para solicitar o visto eletrônico, Celso Sabino orientou em sua rede social: “Recomendo entrar em contato diretamente com o Ministério das Relações Exteriores. Eles poderão fornecer orientações precisas sobre como proceder e esclarecer eventuais dúvidas sobre políticas de reembolso”, postou.
Em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro editou decreto para liberar a exigência de vistos de turistas para cidadãos dos três países, e também do Japão, mas sem reciprocidade, ou seja, os turistas brasileiros continuaram tendo que obter visto para entrar nos EUA, Austrália e Canadá.
Em setembro do ano passado, começou a valer a dispensa de vistos de brasileiros para turismo no Japão, após um acordo assinado o presidente Lula e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, durante a Cúpula do G7, realizada na cidade japonesa de Hiroshima, no primeiro semestre de 2023.
A retomada da exigência do visto é uma medida baseada no princípio da reciprocidade historicamente adotado pela diplomacia brasileira.