O presidente Jair Bolsonaro se desculpou por declarações que deu à Fox News na segunda-feira (18) dizendo que “a maioria dos imigrantes não têm boas intenções ao ingressarem no país”.
Em entrevista coletiva em Washington, após se reunir com o presidente dos EUA, Donald Trump, Bolsonaro disse que boa parte dos imigrantes que vão para solo americano tem sim boas intenções.
“Foi um equívoco meu. A maior parte tem boas intenções, a menor parte não tem. Foi um equívoco da minha parte, peço desculpas aí. Agora, tem muita gente que está de forma ilegal aqui e isso é uma questão de política interna deles, não é nossa”, disse Bolsonaro do lado de fora da Blair House, onde está hospedado durante sua estadia na capital dos EUA. “Me desculpe aí, mais uma vez o equívoco, o ato falho cometido ontem”, reforçou.
Na entrevista desta terça, Bolsonaro também disse que não discutiu em profundidade com Trump sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC), após o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que os EUA querem que o Brasil deixe uma lista de beneficiados da OMC em troca do apoio norte-americano à entrada brasileira na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Na entrevista, Bolsonaro também defendeu o acordo firmado para que os Estados Unidos usem comercialmente a base de lançamentos de foguetes de Alcântara, no Maranhão, alegando que ela estava ociosa e que poderá gerar ganhos para o Brasil.
O presidente chegou à Brasília na manhã desta quarta-feira (20) e já cumpre agenda no Palácio da Alvorada.
Entrevista à Fox
O presidente concedeu uma entrevista à Fox News na noite de segunda-feira (18). Bolsonaro defendeu o muro na fronteira com o México proposto por Trump para barrar imigrantes sem autorização para entrar nos Estados Unidos. Ele também criticou imigrantes “a maioria dos imigrantes não tem boas intenções”.
O brasileiro também criticou o Partido Democrata, que se opõe à construção do muro na fronteira com o México. Segundo ele, a “maioria dos imigrantes não tem boas intenções”.
Ele afirmou que o governo brasileiro está alinhado ao de Trump. “Hoje temos nova ideologia e queremos que a Venezuela volte à democracia”, afirmou. (Com informações da Reuters).