Negócios

BNDES tem prejuízo bilionário, o primeiro em 13 anos

Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico divulgou prejuízo de R$ 2,174 bilhões; esse é o primeiro prejuízo da instituição desde 2003, quando as perdas totalizaram R$ 2,4 bilhões

DA REDAÇÃO (com G1) – Prejuízo como não era visto desde 2003. Essa é a situação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que na terça-feira (16) divulgou perdas líquidas de R$ 2,174 bilhões no primeiro semestre (ante lucro de R$ 3,515 bilhões em igual período de 2015). O mau resultado foi influenciado, informa o portal G1, principalmente por maiores despesas com provisões (que cobrem possíveis calotes). Esse é o primeiro prejuízo da instituição desde o primeiro semestre de 2003, quando as perdas chegaram a R$ 2,4 bilhões. Tais despesas alcançaram R$ 9,588 bilhões no primeiro semestre, frente R$ 1,635 bilhão um ano antes.

“O aumento das despesas com provisões foi provocado, em grande parte, pela revisão do rating de empresas da carteira do BNDES e pelo impairment de investimentos da carteira de participações societárias em empresas não coligadas”, afirmou o banco em comunicado.

De acordo com o BNDES, a despesa com provisão para risco de crédito atingiu R$ 4,438 bilhões no primeiro semestre do ano, contra R$ 480 milhões no mesmo período de 2015 e R$ 988 milhões no segundo semestre do ano passado, “refletindo o cenário econômico brasileiro desfavorável nos primeiros seis meses deste ano”.

O índice de inadimplência do BNDES chegou a 1,38% em 30 de junho. No fechamento do segundo semestre de 2015, a taxa era de 0,02%.

Gastos públicos

A equipe econômica do governo interino comentou a saúde das finanças do país também na terça-feira (16). Segundo o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, o Brasil tem um nível alto de gastos públicos na comparação com outros países emergentes.

Ele fez a afirmação durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, que discute a proposta de emenda constitucional que institui um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

Segundo Almeida, os gastos públicos, incluindo juros, somam 43% do PIB e, sem as despesas com juros da dívida, totalizam cerca de 33% do PIB, o maior percentual entre os países emergentes. O secretário informou que a média dos gastos públicos em países emergentes é de 31,5% do PIB. Por isso, argumentou, a carga tributária brasileira, em torno de 33% do PIB, também é alta na comparação com esses países. ν

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