Após inúmeras críticas, o presidente voltou atrás e decidiu aumentar de 15 mil para 62.5 mil a cota para entrada de refugiados nos EUA para este ano fiscal.
“Hoje, estou revisando o limite de admissão anual de refugiados dos Estados Unidos para 62,5 mil neste ano fiscal”, Biden disse em um comunicado por escrito. “Isso apaga o número historicamente baixo estabelecido pela administração anterior de 15 mil, que não refletia os valores da América como uma nação que acolhe e apoia refugiados”, acrescentou.
Segundo o presidente, o novo teto de admissões também reforçará os esforços que já estão em andamento para expandir a capacidade dos Estados Unidos de admitir refugiados e para que o país possa alcançar a meta de 125 mil admissões que seu governo pretende definir para o próximo ano fiscal, uma promessa da campanha do Democrata.
O anúncio de Biden foi feito semanas depois que a Casa Branca informou, em meados de abril, que o presidente estava adotando o limite estabelecido por seu antecessor, Donald Trump. Essa decisão gerou muita repercussão negativa e foi seguida, horas depois, por um anúncio da Casa Branca de que Biden pretendia aumentar o limite. O próximo ano fiscal começa em outubro.
Vale lembrar que o programa para admissão de refugiados é diferente do sistema de asilo para imigrantes. Os refugiados vêm de todo o mundo, muitos fugindo de conflitos armados em seus países. Para conseguir o benefício, eles passam por uma extensa investigação enquanto ainda estão no exterior para então serem liberados para a entrada nos Estados Unidos, ao contrário dos imigrantes que chegam na fronteira dos EUA e então pedem asilo. (Com informações da Reuters e Gazeta do Povo)