O presidente Joe Biden visitou neste domingo (8) a área mais politicamente sensível do seu governo: a fronteira com o México. O presidente viajou para El Paso, no Texas, cidade que é a principal porta de entradas para imigrantes sem visto chegarem ao território americano. Desde que assumiu a Casa Branca, em 2021, esta foi a primeira vez que ele foi a uma região fronteiriça; o que vinha sendo duramente criticado por opositores que o acusam de não conhecer a realidade nos estados que fazem divisa com o México.
Ao lado do secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, o presidente inspecionou o famoso muro que marcou o mandato do seu antecessor, Donald Trump, e acompanhou uma patrulha policial que procurava droga e outros produtos de contrabando nos veículos de que entravam nos Estados Unidos.
Ele também se reuniu com líderes comunitários, incluindo grupos religiosos e organizações sem fins lucrativos que atuam na causa imigratória, e culpou os republicanos por bloquear suas tentativas de aprovar uma ampla reforma do sistema imigratório. “O fracasso em aprovar e financiar um plano abrangente aumentou os desafios que estamos vendo na fronteira sul”, disse Biden acrescentando que as ações de fiscalização da fronteira “não vão consertar todo o sistema, mas podem ajudar.”
Na quinta-feira (5), o presidente anunciou medidas para reprimir a travessia ilegal para os EUA tanto na fronteira com o México, quanto para os que entram pelo oceano, como cubanos e haitianos. A partir de agora, eles serão automaticamente expulsos sob a lei de saúde pública Título 42. Mas, ao mesmo tempo, o governo dos EUA irá oferecer uma cota de 30 mil concessões de asilo para os nacionais de Venezuela, Nicarágua, Cuba e Haiti que tiverem um patrocinador financeiro.