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Biden sanciona lei que protege casamento gay

“Esta lei e o amor que ela defende desferem um golpe contra o ódio em todas as suas formas”, disse o presidente diante de um público de milhares de pessoas em Washington DC. “É por isso que esta lei é importante para todos os americanos".

O presidente Joe Biden sancionou, na tarde de terça-feira (13), a lei que protege o casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Esta lei e o amor que ela defende desferem um golpe contra o ódio em todas as suas formas”, disse o presidente diante de um público de milhares de pessoas em Washington DC. “É por isso que esta lei é importante para todos os americanos”.

Na cerimônia, que aconteceu em frente a Casa Branca com a presença de legisladores de ambos os partidos, foi exibida uma gravação da entrevista de televisão dada por Biden há cerca de uma década, quando ele causou furor político ao revelar, inesperadamente, seu apoio ao casamento gay. Biden era vice-presidente na época, e o presidente Barack Obama ainda não havia endossado a ideia. “Eu tive problemas”, brincou Biden sobre aquele momento. Três dias depois, o próprio Obama endossou publicamente o casamento gay.

Em 2015, a Suprema Corte dos EUA legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, tornando-o um direito constitucional. Porém, diante do perfil conservador dos atuais ministros da Corte, os deputados temiam que a decisão pudesse ser anulada, como aconteceu, em junho, com a lei de 1973 que legalizava o aborto no país.

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, usou na cerimônia a mesma gravata roxa que usou no casamento de sua filha Alison. Ela e sua esposa estão esperando seu primeiro filho. “Graças aos milhões que passaram anos pressionando por mudanças e graças ao trabalho obstinado de meus colegas, meu neto viverá em um mundo que respeita e honra o casamento de suas mães”, disse ele.

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, agradeceu aos ativistas da causa pela “persistência e patriotismo”. Apesar do clima de celebração, Biden demonstrou preocupação com a proliferação nacional de políticas conservadoras sobre questões de gênero no nível estadual. Ele criticou “leis insensíveis e cínicas introduzidas nos estados visando crianças transgênero, aterrorizando famílias e criminalizando médicos que dão às crianças os cuidados de que precisam”. E completou: “Racismo, antissemitismo, homofobia, transfobia, estão todos conectados. Mas o antídoto para o ódio é o amor”, disse.

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