A administração Biden anunciou na terça-feira (29) que vai negociar os preços de 10 medicamentos prescritos pelo Medicare. Os remédios foram escolhidos entre os 50 principais medicamentos elegíveis para negociação e que apresentam os maiores gastos totais para o consumidor. As empresas farmacêuticas têm até 1º de outubro para decidir se participarão da negociação. Os preços negociados serão anunciados até setembro de 2024 e entrarão em vigor em 1º de janeiro de 2026.
O programa de negociação de preços de medicamentos, parte do Inflation Reduction Act (IRA), assinado por Biden, não ficou imune a críticas. Fabricantes como Johnson & Johnson, Merck & Co e AstraZeneca estão processando o governo, alegando que as negociações irão atrapalhar o desenvolvimento de novos medicamentos. Uma ação judicial movida pelo grupo industrial Pharmaceutical Research and Manufacturers of America, conhecido como PhRMA, defende que reduzir os lucros das empresas restringirá verbas para pesquisa e inovação. Empresas como Alynylam, Novartis e Genentech já desaceleraram ou interromperam a pesquisa de alguns tratamentos.
“Não vou recuar. Não há razão para que os americanos sejam forçados a pagar mais do que qualquer nação desenvolvida por receitas médicas que salvam vidas, apenas para encher os bolsos das grandes farmacêuticas. Para muitos americanos, o custo de um medicamento representa a diferença entre a vida e a morte, a dignidade e a dependência, a esperança e o medo. É por isso que continuaremos a lutar para reduzir os custos dos cuidados de saúde – e não pararemos até terminarmos o trabalho”, declarou o presidente Joe Biden.
Segundo a Casa Branca, 9 milhões de idosos se beneficiariam da redução nos preços dos medicamentos negociados. O governo avalia que os contribuintes economizariam cerca de $ 160 bilhões ao reduzir quanto o Medicare paga pelos medicamentos por meio de negociações e descontos inflacionários.
Veja abaixo lista dos medicamentos em negociação: