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Biden muda regras para venda de armas fantasmas nos EUA

As armas são chamadas dessa forma por não poderem ser rastreadas porque não têm número de série. Segundo Biden, elas se tornaram as preferidas dos criminosos no país

Ghost Guns são vendidas sem checar antecedentes criminais do comprador (foto: Pixabay)

Em um ato na Casa Branca com familiares de vítimas de armas de fogo nos EUA, o presidente Joe Biden anunciou nesta segunda-feira (11), a regulamentação da venda de armamentos fantasmas no país.  “Vai ajudar a salvar vidas e tirar mais criminosos das ruas”, disse o presidente, completando: “Se você cometer um crime com uma arma fantasma, aguarde um processo federal.” As armas são chamadas dessa forma por não poderem ser rastreadas porque não têm número de série. Os compradores adquirem as partes separadas, que são vendidas em kits e podem ser montadas em minutos. Segundo o Bureau of Alcohol, Tobacco, Firearms and Explosives (ATF, na sigla em inglês), apenas 0,98% dos homicídios cometidos com armas fantasmas nos últimos cinco anos puderam ser rastreados.

Além disso, as vendas dos kits com as partes das armas aumentaram 1.000% em 2021, em relação a 2016, ano que até então havia batido record. O decreto assinado pelo presidente Biden exige que as partes vendidas separadamente informem um número de série para monitoramento. Além disso, os vendedores das peças serão obrigados a checar antecedentes criminais dos compradores. A venda legal de armas é protegida pela Segunda Emenda da Constituição dos EUA e qualquer tentativa de alterá-la é combatida por diferentes grupos, principalmente membros do partido Republicano. O senador do Arkansas, Tom Cotton, declarou que “as regulações não fazem nada além de dificultar o acesso às armas para os cidadãos que respeitam a lei”. Já o prefeito de New York, Eric Adams, aplaudiu a decisão: “As armas fantasmas não rastreáveis são tão letais quanto outras armas de fogo. Devem ser tratadas da mesma forma, e não como curiosidades”, falou. Também nesta segunda, Biden nomeou Steve Dettelbach, ex-promotor federal de Ohio, para chefiar a ATF. 

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