O presidente Joe Biden anunciou a liberação de um milhão de barris de petróleo por dia das reservas especiais e estratégicas do país, em um esforço para reduzir o preço dos combustíveis e conter a inflação. De acordo com um comunicado emitido pela Casa Branca nesta quinta-feira (31), a medida será executada por seis meses. Biden declarou que o seu plano não é apenas “aliviar a dor das famílias, mas estabelecer as bases para uma independência energética verdadeira e duradoura dos EUA”.
O presidente a criticou as empresas americanas do setor de petróleo e gás que, segundo ele, se aproveitam da pandemia e da guerra na Ucrânia para enriquecer às custas dos contribuintes. Ele defendeu que os lucros obtidos neste momento sejam investidos em mais produção. Conforme o democrata, a estratégia vai aumentar a oferta mundial em cerca de 1% e, como consequência, derrubará o preço negociado do barril. De fato, logo após anunciar o plano, os contratos futuros já registraram queda. O Brent, barril de referência internacional, fechou a quinta-feira com baixa de 4% no preço negociado para o mês de maio, e o petróleo WTI caiu 6,99% para junho.
A média do preço da gasolina regular nos EUA é atualmente $4,23 por galão, quase 50% mais caro que no mesmo período do ano passado. Apesar da economia em recuperação após os dois últimos anos pandêmicos, a popularidade de Biden despenca entre os americanos. O mandatário recebe pouca credibilidade dos eleitores, que o associam ao aumento da inflação, não somente no mercado de gás e petróleo, mas em vários outros setores.