O presidente Joe Biden anunciou esta semana uma série de medidas para beneficiar Cuba, entre elas, o restabelecimento do programa para a reunificação familiar para cubanos, que estava suspenso desde 2017. Biden revogou medidas impostas por seu antecessor com objetivo de “dar mais oportunidades econômicas aos cubanos”, disse o governo por meio de um porta-voz.
Criado em 2007, o programa permite que cidadãos ou residentes americanos possam pedir que seus parentes em Cuba viagem aos EUA e solicitem uma permissão de trabalho lá enquanto seu status de residente legal é processado.
O governo também prometeu aumentar a capacidade de processamento de solicitações de visto em Havana.
“Vamos facilitar que familiares de cubanos visitem seus parentes na ilha e que cubanos autorizados
Além disso, o governo vai aumentar o limite atual de remessas familiares de $1 mil dólares por trimestre para apoiar “os empresários cubanos independentes”.
O Departamento de Estado especificou, no entanto, que esses fluxos financeiros não devem “enriquecer” pessoas ou entidades que violem os direitos humanos, se referindo ao regime ditatorial da ilha.
A gestão Biden também vai aumentar o número de voos entre os Estados Unidos e Cuba, autorizando o serviço a outras cidades além de Havana. E permitirá determinadas viagens em grupos atualmente proibidas.
Cuba reconheceu avanços nas medidas, mas ressaltou que isso “não muda o embargo” vigente desde 1962. “O anúncio do governo americano é um passo limitado na direção correta”, mas “nem os objetivos, nem os principais instrumentos da política dos Estados Unidos com relação a Cuba, que é um fracasso, mudam”, declarou no Twitter o ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez.