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Presidente Biden testa positivo para Covid-19, interrompendo campanha em momento crítico

Vacinado e com reforço, ele apresenta sintomas leves da doença e seguirá para sua residência em Delaware para cumprir o período de isolamento

O presidente Joe Biden foi diagnosticado novamente com COVID-19 após um evento em Las Vegas na quarta-feira (17), conforme anunciou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre. Vacinado e com reforço, ele apresenta sintomas leves da doença e seguirá para sua residência em Delaware para cumprir o período de isolamento, informou a Casa Branca.

Apesar do diagnóstico, Biden mostrou otimismo ao dar um sinal positivo aos repórteres ao chegar no Aeroporto Internacional Harry Reid, em Las Vegas, antes de embarcar para Delaware a bordo do Air Force One. Durante o percurso, o presidente afirmou estar se sentindo bem.

Esta é a terceira vez que o presidente de 81 anos testa positivo para COVID-19. A primeira vez foi em julho de 2022, seguida por um segundo teste positivo dias depois, quando experimentou um “rebote” viral tratado com medicação antiviral.

Momento Crítico para os Democratas

Em uma entrevista à BET, na terça-feira (16), o presidente Joe Biden disse que consideraria abandonar sua candidatura caso fosse diagnosticado com uma “condição médica”. A declaração de Biden surge em meio a crescentes apelos dentro do Partido Democrata para que ele considere aposentar-se, com o Representante Adam Schiff, da Califórnia, se tornando o 21º democrata na Câmara a pedir que Biden “passe o bastão”.

Aos 81 anos, Biden fez o comentário quando questionado sobre o que o faria reconsiderar sua candidatura. “Se eu tivesse alguma condição médica que surgisse, se alguém, se os médicos viessem até mim e dissessem, você tem este problema e aquele problema”, afirmou Biden em um trecho divulgado nesta quarta-feira.

Na mesma entrevista, Biden expressou sentir a necessidade de concorrer novamente, ao invés de servir como um líder “transicional”, como mencionou em 2020, devido à divisão profunda do país. “Eu disse que seria um candidato transitório e achei que conseguiria seguir em frente e passar isso para outra pessoa”, explicou. “Mas não antecipei que as coisas se tornariam tão divididas. E francamente, acredito que a única coisa que a idade traz é um pouco de sabedoria.”

Apesar de muitos médicos terem especulado sobre uma possível doença de Parkinson ou condição relacionada com base nos discursos públicos de Biden, a Casa Branca até agora insiste que ele não precisa de um novo exame médico após sua performance instável e confusa no debate de 27 de junho, que provocou preocupações entre os colegas democratas sobre sua aptidão cognitiva para mais quatro anos de mandato.

“A equipe médica disse que não é justificado neste caso”, declarou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em 2 de julho. “Apresentamos um relatório anual completo e transparente sobre sua saúde. Portanto, eles disseram que não é necessário”. Segundo a Casa Branca, o presidente foi avaliado por um neurologista, Dr. Kevin Cannard, em janeiro, antes da divulgação do relatório físico anual de fevereiro.

A vice-presidente Kamala Harris, de 59 anos, é amplamente considerada a candidata mais provável para substituir Biden caso ele desista antes das eleições de 5 de novembro, embora alguns democratas temam que ela possa ter um desempenho ainda pior.

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