Estados Unidos Manchete

Biden divulga plano de combate à pandemia “baseado na ciência”

Plano Democrata prevê a imunização de 50 milhões de americanos nos próximos 100 dias, aumento dos postos de testes e uso obrigatório de máscaras em todas as áreas de competência federal

Plano do novo Presidente implica o aumento de testes de detecção do novo coronavírus (foto: flickr)
Biden despacha do seu gabinete oficial na Casa Branca (foto: whitehouse.gov)

Em seu primeiro dia completo no cargo de presidente dos EUA, Joe Biden lançou sua estratégia nacional que inclui várias ações executivas relacionadas ao combate à pandemia de covid-19.  “Nossa estratégia nacional é abrangente e baseada na ciência, não na política. É baseada na verdade, não na negação”, disse Biden.

De acordo com a rede de televisão CNN, ao chegar à Casa Branca, a equipe de Biden constatou que o governo de Trump não tinha nenhum planejamento de distribuição de vacinas contra a covid-19, obrigando-o a elaborar um programa do zero.

O plano de 118 páginas prevê 100 milhões de doses das vacinas da Pfizer-BionTech e Moderna, o suficiente para imunizar 50 milhões de americanos nos primeiros 100 dias de mandato. Em todo o país, a pandemia já custou a vida de 408 mil americanos e infectou mais de 24,5 milhões de pessoas.

O governo recorreu à Lei de Produção de Defesa – uma legislação adotada em 1950 em resposta à Guerra da Coreia e que permite mobilizar o setor industrial para questões de segurança nacional – para a fabricação em massa de máscaras, respiradores e outros equipamentos de saúde.

O plano do novo Presidente implica, ainda, o aumento de testes de detecção do coronavírus, que Trump recusou argumentando que aumentava as estatísticas negativas de incidência da pandemia.

O presidente também determinou que estrangeiros que ingressarem no país por via aérea terão de se submeter a testes para covid-19 antes de embarcar e, ao chegarem, devem fazer uma quarentena de acordo com as orientações do CDC (Center for Disease Control).

O uso de máscaras passa a ser obrigatório em todos os edifícios federais e em espaços como aeroportos e alguns meios de transporte, incluindo trens, aviões, embarcações marítimas e ônibus intermunicipais.

O plano foi coordenado pelo especialista em doenças infecciosas e líder da equipe de enfrentamento à covid-19 do governo , dr. Anthony Fauci, entre outros consultores.

Organização Mundial de Saúde e ajuda aos países pobres

Sob o comando do presidente Joe Biden, os EUA irão participar do programa Covax , que pretende entregar vacinas contra o novo coronavírus para países pobres, disse Fauci à OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quinta (21).

Autoridades da OMS disseram mais cedo que a meta é que as primeiras doses das vacinas sejam entregues aos países pobres em fevereiro.  

Faucci conversou com representantes da instituição diretamente de Washington e confirmou que os EUA irão “cumprir suas obrigações financeiras” e que trabalharão com os outros 193 membros da ONU.

O antecessor de Biden, Donald Trump, havia anunciado a retirada dos EUA da OMS em julho de 2021.

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