O presidente Joe Biden usou as redes sociais na noite deste domingo (8) para repudiar os ataques sofridos às sedes dos três Poderes do Brasil por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que não aceitam a vitória legítima de Luís Inácio Lula da Silva no último pleito presidencial. Biden, que também teve que lidar com a fúria dos apoiadores de Donald Trump que não admitiram a derrota do republicano, disse que a situação no Brasil é “ultrajante”. “Condeno o atentado à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil. As instituições democráticas têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser prejudicada. Estou ansioso para continuar a trabalhar com @LulaOficial”, postou o chefe da Casa Branca no Twitter.
O diretor da Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, também se manifestou sobre os episódios deste domingo, afirmando que“ a democracia do Brasil não será abalada pela violência”. Blinken chegou a fazer um paralelo entre o evento do Capitólio e do Congresso brasileiro: “Dois anos desde 6 de janeiro e o legado de Trump continua a envenenar nosso hemisfério. Proteger a democracia e responsabilizar os atores malignos é essencial”, acrescentou.
Em janeiro de 2021, a capital Washington foi palco de protestos semelhantes — e que acredita-se terem servido de inspiração para os atos em Brasília. A resposta do Judiciário americano foi dura — até hoje, mais de 900 pessoas já foram presas por ligações com o atentado. Na última semana, o ex-presidente Donald Trump foi processado por homicídio culposo por incitar seus apoiadores a praticarem a violenta invasão ao parlamento, que acabou resultando na morte de um policial e outras cinco pessoas que foram agredidas durante os ataques.