Enfrentando a crescente pressão política sobre o influxo de migrantes na fronteira sul dos EUA, o presidente Joe Biden assinou na terça-feira (4) uma ordem executiva que encerrará temporariamente os pedidos de asilo assim que o número médio de encontros diários atingir 2.500 entre os portos oficiais de entrada.
A paralisação entra em vigor à meia-noite desta terça. Ao atingir o limite estabelecido, o processamento de pedidos será encerrado e reaberto apenas quando o número caísse para 1.500. O presidente anunciou que a nova ordem executiva impediria migrantes que cruzam a fronteira ilegalmente de procurar asilo, uma vez atingido o limite diário.
Ao tomar a decisão, Biden mencionou a batalha contra seu oponente nas eleições presidenciais. “A fronteira não é uma questão política que possa ser transformada em arma”, disse o democrata, ao mesmo tempo que acusava o ex-presidente Donald Trump e os republicanos de minar a legislação bipartidária que teria abordado melhor a questão. “Eu nunca demonizarei os imigrantes. Nunca me referirei aos imigrantes como algo que envenena o sangue de um país. Além disso, nunca separei crianças das suas famílias na fronteira”, disse Biden.
A ordem executiva terá algumas exceções, inclusive para crianças desacompanhadas. Em uma declaração escrita, a porta-voz da campanha de Donald Trump, Karoline Leavett, afirmou que a exceção daria “luz verde aos traficantes de crianças e traficantes sexuais”. Em 2018, o governo Trump tentou decretar restrições fronteiriças semelhantes, mas os tribunais bloquearam. Biden espera agora defender a ordem executiva contra desafios legais.
Fonte: NBC News