DA REDAÇÃO – O presidente Joe Biden confirmou na quarta-feira (14) a intenção de retirar todos os militares americanos que estão no Afeganistão até 11 de setembro. Segundo o Democrata, o retorno dos soldados começará em 1º de maio. As informações são da Reuters.
“Está na hora de encerrar a mais longa guerra dos EUA. É hora de os soldados americanos voltarem para casa”, disse Biden em pronunciamento na Casa Branca.
O conflito começou no fim de 2001, após os ataques de 11 de setembro que deixaram mais de 3 mil mortos em New York, Washington e na Pensilvânia.
Com o envolvimento da milícia terrorista Talibã nos atentados, os EUA — sob o governo do republicano George W. Bush — iniciou uma ofensiva para tirar os extremistas, que, à época, controlavam o Afeganistão.
“Eu sou o quarto presidente dos EUA a ter mandato com presença de tropas americanas no Afeganistão. Foram dois republicanos e dois democratas. Eu não vou passar essa responsabilidade a um quinto”, reforçou Biden.
O anúncio de Biden confirma que os EUA só terminarão a retirada depois do prazo negociado pelo ex-presidente Donald Trump com o Talibã no ano passado: o republicano pretendia concluir a saída dos militares americanos até 1º de maio, e não a partir de 1º de maio. Isso foi acertado em um acordo assinado em 29 de fevereiro de 2020 que e previa a saída completa das tropas americanas em 14 meses.
O fim da guerra no Afeganistão era uma promessa de campanha de Trump, que não conseguiu se reeleger nas eleições presidenciais de 2020.
Os EUA atacaram o Afeganistão e depois o Iraque após o atentado de 11 de setembro de 2001, quando terroristas derrubaram as Torres Gêmeas do World Trade Center, atingiram o Pentágono com um avião e derrubaram uma aeronave na Pensilvânia.
As forças armadas dos EUA invadiram o Afeganistão em 7 de outubro, menos de um mês após o ataque terrorista.
Na época, o grupo radical islâmico Talibã era liderado por Mohammed Omar e controlava 90% do país, embora não fosse reconhecido como governo pela ONU.