O presidente eleito, Joe Biden, disse nesta terça-feira (8) que trabalhará para fornecer 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19 nos primeiros 100 dias do seu governo, e que irá promover a volta das crianças às aulas até março do ano que vem.
As declarações foram feitas em Wilmington, Delaware, durante um evento em que ele apresentou a equipe principal que irá liderar o combate à pandemia no país.
“Em 100 dias podemos mudar o curso da doença e mudar a vida nos EUA para o melhor”, disse Biden.
Ele reiterou que irá assinar uma ordem-executiva exigindo o uso de máscaras por 100 dias nos ambientes públicos de competência federal como aviões, trens e ônibus em rotas interestaduais, além de alguns prédios públicos.
“Máscaras, vacinação, reabertura de escolas”, disse Biden. “Esses são os três objetivos principais dos meus primeiros 100 dias.”
Até esta quarta-feira (9) os EUA registram mais de 283 mil mortes causadas pelo coronavírus, e milhões de empregos perdidos.
Para conter esses números, o Democrata reconheceu que precisará trabalhar com o Congresso para aprovar o financiamento necessário para executar ações como distribuir a vacina para todos os estados.
Biden também alertou aos americanos que recuperar a saúde e a economia “levará mais tempo do que [ele] gostaria”.
“Meus primeiros 100 dias no cargo não irão acabar com a covid-19. Eu não posso prometer isso”, disse ele, “mas nós não entramos nessa bagunça rapidamente. Não vamos sair dela rapidamente. Vai levar algum tempo”, completou.
Nesta quinta-feira (10), todas as atenções estarão voltadas para a reunião da Food and Drug Administration (FDA), que irá decidir se aprova ou não o uso emergencial da vacina da Pfizer e Biontech . Em um relatório interno obtido pelo jornal The Washington Post nesta terça, o órgão não levantou novas questões sobre a eficácia ou segurança do medicamento.
Veja os nomes da equipe principal que irá atuar no enfrentamento à pandemia
Xavier Becerra: Procurador-geral da Califórnia e ex-deputado, Becerra é o primeiro latino indicado para liderar o Health and Human Services Department. Esta indicação ainda precisa ser aprovada pelo Senado.
Jeff Zients: Ex-conselheiro econômico do governo Obama, foi escolhido para ser o coordenador de respostas ao coronavírus. Entre suas atribuições incluem as estratégias de distribuição das vacinas.
Rochelle Walensky: Atual diretora do departamento de doenças infecciosas do Massachusetts General Hospital, em Boston, irá liderar o Center for Disease Controle (CDC).
Anthony Fauci: foi nomeado conselheiro-chefe de Biden para assuntos médicos e continua na função de diretor do National Institute of Allergy and Infectious Diseases.