As autoridades imigratórias começam neste domingo (14) a cumprir as ordens para prender cerca de duas mil famílias de imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos. Uma série de batidas estão previstas para acontecer em pelo menos dez grandes cidades do País, informou o jornal The New York Times.
O presidente Trump avisou sobre a operação pelo Twitter, no dia 17 de junho, mas adiou para este domingo as batidas por questões internas, disse ainda o NYT.
O ICE (Immigration and Customs Enforcement) disse em nota que não divulgará detalhes da operação, mas ressaltou em que “todos os que violaram as leis imigratórias estão sujeitos à prisão, encarceramento e – se determinada sua remoção em última instância – remoção dos Estados Unidos”.
A operação visa prender cerca de dois mil famílias cujo destino já foi decidido em corte e para as quais foi emitida uma ordem de deportação, diz ainda a reportagem do NYT. Em média, o ICE realiza cerca de 12 mil prisões por mês, sem incluir as detenções na fronteira. A operação está confirmada para começar neste domingo (14), segundo informou o jornal, de acordo com declarações de fontes anônimas ligadas ao departamento de Homeland Security.
As autoridades disseram ainda ao NYT que as famílias que forem presas permanecerão detidas juntas, em centros de detenção familiares no Texas e na Pennsylvania. Algumas poderão até mesmo ficar em quartos de hotel, por questão de espaço, até que a papelada de deportação fique pronta. As batidas também podem prender pessoas em situação irregular que não são consideradas alvo da operação, mas que sejam identificadas durante as batidas.
A Speaker of the House (líder da Câmara do Deputados), Nancy Pelosi, maior autoridade Democrata eleita no País, disse que a operação “não tem coração”, afirmando ainda que espera que os “hispânicos evangélicos que ajudaram a eleger Trump em 2016 roguem ao presidente para suspender as prisões”.
“Se os agentes do ICE não tiverem uma intimação assinada por um juiz, as pessoas podem se negar a abrir a porta de casa para deixá-los entrar”, disse Pelosi na sua coletiva de imprensa semanal, no Capitólio.
Em Chicago, o pastor da Lincoln United Methodist Church. Walter Coleman, disse que sua igreja e grupos de ativistas comunitários estão recomendando às pessoas que não abram a porta para os agentes que não apresentarem uma intimação, e a não assinar documentos ou falar sem a presença de um advogado.