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Banqueiros americanos preveem mais de 1 milhão de demissões em 2023

Especialistas afirmam que aumento nas taxas de juros está pressionando companhias a diminuirem o quadro de funcionários no ano que vem; taxa de desemprego pode subir de 3,7% para 4,6%

Um dos principais banqueiros do país alerta para um grande número de demissões nos Estados Unidos em 2023. Thomas Farley, CEO da Far Point Acquisition Corp., afirmou em entrevista à CNBC, na segunda-feira (19), que o aumento nas taxas de juros está pressionando companhias a diminuirem o quadro de funcionários no ano que vem. “Todos os CEOs com quem falo agora, todos estão pensando em demissões, corte de contratações ou redução drástica de investimentos”, disse Farley, observando que o mercado de trabalho está “esfriando”.

O Bank of America também alertou contra a perda de empregos em 2023, escrevendo em sua última previsão econômica que o mercado de trabalho dos EUA pode entrar em colapso. “Ursos [termo que define um tipo de investidor] como nós temem que o desemprego em 2023 seja tão chocante para o consumidor quanto a inflação em 2022”, declarou o estrategista-chefe de investimentos do banco, Michael Hartnett.

De acordo com a empresa de finanças e seguros Fitch Ratings, o atual desequilíbrio entre oferta e demanda de mão de obra – com a demanda excedendo a oferta em cerca de 5 milhões – não resistirá à desaceleração econômica esperada no ano que vem, que deve reduzir a demanda por trabalhadores por meio de perdas de vagas.

Em novembro, o desemprego no país era de 3,7%, inalterado em relação ao mês anterior e amplamente dentro das expectativas do mercado, de acordo com o Bureau of Labor Statistics dos EUA. Mas a recente queda na taxa de emprego – embora ainda dentro da faixa dos últimos oito meses – indica que o mercado de trabalho dos EUA pode estar se movendo em direção a uma depressão. O número de americanos desempregados aumentou em 48 mil no mês passado, chegando a 6,01 milhões, enquanto o número de empregados caiu em 138 mil, para 158,5 milhões.

Esse número pode aumentar ainda mais se, conforme previsto pelo Federal Reserve Bank, o desemprego subir para 4,6% no próximo ano como resultado dos esforços do banco central para conter a inflação. Se a previsão se concretizar, mais de um milhão de americanos devem ser demitidos no ano que vem.

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