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Banda Aviões do Forró confirma realização de shows nos EUA

Banda está sendo acusada de sonegação fiscal no Brasil; em comunicado, banda informa que não houve alteração na agenda

Solange Almeida e Xand da banda Aviões
Solange Almeida e Xand da banda Aviões

A Receita Federal do Brasil calcula que cerca de R$ 500 milhões foram sonegados em impostos pela  A3 Entretenimento, empresa dona de bandas de forró sediada em Fortaleza (CE). Quatro bandas de forró gerenciadas pela A3 são investigadas na operação, entre elas, a banda  Aviões do Forró, cujos vocalistas Xand Avião e Solange Almeida foram ouvidos hoje na sede da Polícia Federal em Fortaleza.

A banda está com turnê marcada nos Estados Unidos e informou em comunicado que nada mudou e que a agenda de shows permanece inalterada (veja comunicado abaixo). O show, organizado pela Brazil in Concert, está agendado para o dia 30 de outubro, em Miami Beach.

Trinta e duas pessoas ligadas à companhia prestaram esclarecimentos na Superintendência da Polícia Federal (PF) do Ceará,  como parte da operação “For All”, deflagrada pela PF em conjunto com a Receita.

Segundo a delegada Doralúcia de Souza, que coordenou a operação, o esquema da A3 incluía outras 26 empresas, que agiam de forma coordenada com o intuito de justificar o dinheiro sonegado. Segundo ela, a tática do grupo envolvia, entre outros esquemas, o pagamento antecipado das bandas de apenas uma parte (entre 20% e 50%) do valor acordado. A outra parte era recebida após o evento, geralmente em espécie, e não era declarada.

“Nesse segundo momento, no pagamento em dinheiro, é que a contribuição se perde. Esse é um mercado que cresceu muito e não tem um controle efetivo”, disse Doralúcia.  Em 2012, por exemplo, o valor médio pago a uma das bandas por shows foi de R$ 150 mil. Segundo ela, dos cerca de R$ 500 milhões sonegados entre 2012 e 2014, R$ 121 milhões são relativos a negócios envolvendo as bandas.

Para o superintendente da Receita Federal no Ceará, João Batista Barros, a circulação de dinheiro em espécie entre os envolvidos com o esquema era bastante intensa e propícia à sonegação. “De 20% a 50% eram oficializados, o resto era pago em espécie e, logo que possível, aplicado em bens para dar materialidade àquele recurso para ele não ficar guardado embaixo do colchão.”

Ao todo, foram cumpridos 76 mandados, sendo 32 de condução coercitiva e 44 de busca e apreensão. Entre os itens apreendidos, estão R$ 600 mil em espécie. Além disso, 163 bens, entre veículos e imóveis em nomes de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueados. (com informações da Agência Brasil).

Comunicado divulgado pela banda Aviões do Forró
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