DA REDAÇÃO (com G1) – A bailarina Beatriz do Nascimento de Almeida, de 14 anos, será a única representante do Brasil no campeonato internacional de balé Valentina Kozlova, que será em New York, em abril de 2016. Beatriz ganhou a chance de participar do festival após ficar em 1° lugar em um prêmio na Argentina em agosto com 12 participantes – ela e as concorrentes de países da América do Sul passaram por seletivas antes do evento argentino.
Além da chance de competir nos EUA, Beatriz também ganhou uma bolsa de estudos por um ano na escola de balé Conservatório Valentina Kozlova em Nova York. “Foi uma experiência única e só agora é que está caindo a ficha. Foi muito bom para mim, muito gratificante. Achei que seria muito difícil, no começo estava nervosa, mas depois fui me soltando. A sensação de estar no palco é sempre única”, diz.
A competição na Argentina durou uma semana de aulas e apresentações. Beatriz e outras duas sulamericanas, uma paraguaia e uma argentina, representarão a América do Sul no campeonato na modalidade estudante.
As professoras de dança Natália Helena Palmeira e Priscila Spínola ressaltam que a conquista da aluna reflete também na escola de balé e nos alunos. “A importância é muito grande. A gente está muito feliz porque trabalhamos muito para isso. Ela é muito focada no que quer, tem o apoio dos pais e professores e isso faz com que ela realmente chegue onde quer”, afirmam.
Beatriz descobriu o balé aos 4 anos de idade. Desde então, a dedicação e o sonho de transformar o ‘hobby’ em profissão só aumentaram. Atualmente treina em média cinco horas por dia, variando de quatro a oito horas. “O balé traz muita disciplina, foco e responsabilidade”, alerta.
Em abril deste ano, em entrevista ao G1, a bailarina ressaltou que a dedicação aos treinos tira momentos importantes da adolescência. “Sou chamada para festas, mas não posso ir. Não tenho muito tempo para ficar com os amigos. Além disso, deixo de comer muita coisa que gosto como doce e refrigerante, tudo para manter a forma.”
Apesar de perder momentos da adolescência, o sonho continua. “Desde que venci o primeiro concurso que participei sei o que quero. A sensação é indescritível. Antes dos concursos eu era muito criança, então, fazia aula por brincadeira. Com a adolescência, isso se tornou coisa séria, percebi que poderia virar realidade. Hoje em dia faço por amor à dança”, reflete.