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Autoridades sabiam de falhas em Boeing antes da segunda queda

Relatório mostra que “estava claro que as condições eram inseguras”

Há nove meses, o desastre na Etiópia matou 157 pessoas (Foto: reprodução da TV - ABC News)
Há nove meses, o desastre na Etiópia matou 157 pessoas (Foto: reprodução da TV – ABC News)

DA REDAÇÃO – Autoridades americanas permitiram que aviões do modelo Boeing 737 MAX continuassem a operar mesmo após relatório da Administração Federal de Aviação (FAA) concluir que novos acidentes poderiam ocorrer se não fossem corrigidas falhas no projeto da aeronave. Divulgado nesta quarta-feira pelo Wall Street Journal, o documento é resultado da investigação que começou em novembro de 2018, semanas depois da queda de um avião do mesmo tipo, da Lion Air, na Indonésia, em 29 de outubro de 2018, matando 189 pessoas.

A análise da FAA que pedia mudanças no projeto do 737 MAX é, portanto, anterior à queda de outro Boeing na Etiópia, desta vez da Ethiopian Airlines, quando 157 morreram, em 10 de março de 2019. Foi o segundo desastre envolvendo o modelo em menos de um ano. “Estava claro desde o começo que as condições eram inseguras”, afirmou um porta-voz da FAA ao “Wall Street Journal”.

Mesmo com o alerta, somente depois do segundo acidente a FAA determinou a que as operações com o Boeing fossem paralisadas. Empresas e autoridades de outros países seguiram a orientação. No Brasil, a Gol, única a operar o modelo, cancelou voos com esses aviões. Em nota, a Boeing afirmou que a análise feita pela FAA determinou que os procedimentos adotados pela empresa foram suficientes para “permitir a operação da frota MAX até que alterações no software MCAS pudessem ser implementadas”.

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