As autoridades mexicanas prenderam centenas de imigrantes originários da América Central na segunda-feira (22). Os policiais interceptaram uma caravana, que seguia rumo à fronteira dos EUA com o México. Eles prenderam homens, mulheres e crianças que estavam descansando em um ponto da cidade de Pijijiapan e colocaram em carros e ônibus.
Mais de 500 pessoas foram presas. “Nos ajudem! Se volto para casa, matam meu filho”, grita uma mulher. Os imigrantes formam caravanas e caminham rumo ao norte para chegar aos Estados Unidos.
Quando o novo presidente mexicano, Andres Manuel Lopez Obrador assumiu, em dezembro, concedeu mais de 15 mil vistos humanitários, para que essas pessoas pudessem entrar no México. O problema é que a situação fugiu do controle e o presidente Donald Trump reclamou.
Em fevereiro, aumentou o número de pessoas que chegava à fronteira para pedir asilo e o governo americano começou a fazer pressão para que a repressão voltasse com força no vizinho do sul.
As prisões acontecem logo no estado de Chiapas, bem ao sul do México, na fronteira com a Guatemala. De acordo com a polícia mexicana, mais de 7.500 pessoas estão presas só ali.
Quem consegue escapar da polícia, continua a marcha, se esconde na mata e encontra um jeito de chegar à fronteira.
Envio de tropas à fronteira
O presidente Trump disse nesta quarta-feira (24) que os Estados Unidos estão enviando “soldados armados” para a fronteira com o México. A decisão foi tomada, segundo ele, após militares do país vizinho apontarem suas armas para tropas americanas.
“Soldados do México recentemente apontaram contra nossos Soldados da Guarda Nacional, provavelmente como uma tática de distração para os traficantes de drogas na fronteira. Mas é bom que não volte a acontecer! Agora estamos enviando SOLDADOS ARMADOS para a fronteira”, tuitou Trump.