DA REDAÇÃO (com Miami Herald) – O brasileiro Mauricio Paim de Sá, de 44 anos, foi preso pelo Departamento de Homeland Security Investigations acusado de liderar um esquema que pretendia transportar imigrantes das Bahamas para os Estados Unidos. Os transportados seriam, em sua maioria, brasileiros e chineses. O crime foi descoberto pela polícia antes de acontecer e Mauricio está preso.
A polícia descobriu um barco atracado num deque em Norte Miami Beach que seria usado para o transporte clandestino no trecho Bahamas – Miami. O caso está no tribunal federal de Miami (Federal Court) e os investigadores não informaram como os imigrantes sem documentos chegavam às Bahamas, apenas que o brasileiro os transportaria das Bahamas para o sul da Flórida.
De acordo com o boletim de ocorrência, no dia 19 de agosto, Mauricio de Sá contatou um agente do governo disfarçado que seria seu informante. Ele disse que estava procurando uma pessoa que poderia conseguir um barco e um capitão para viajar para as Bahamas e trazer clandestinamente imigrantes indocumentados para Miami.
Seis dias mais tarde, sendo observados pela Homeland Security, Mauricio encontrou o informante disfarçado no deck de um restaurante no canal Intracoastal Waterway em Miami, onde o informante mostrou ao acusado um barco atracado que seria utilizado para a prática do crime. “Mauricio e o informante estavam discutindo detalhes sobre a travessia dos imigrantes”, informa a ocorrência.
O brasileiro orientou o informante a viajar para as Bahamas e resgatar 19 imigrantes indocumentados, sendo 12 do Brasil e sete da China. O preço cobrado por eles seria de $6 mil de cada um dos imigrantes. “O acusado disse que faria diversas outras viagens como esta, com barcos carregados com 20 pessoas cada, um atrás do outro”, informa o boletim de ocorrência.
Mauricio foi preso pelos policiais no dia 28 de agosto quando ele entregou $1399 em dinheiro ao informante. As autoridades disseram, ainda, que o acusado trabalharia com diversos comparsas nas Bahamas e no Brasil para trazer imigrantes ilegais do Brasil e de outros países para os EUA. Sua fiança foi estipulada em $100 mil, ele alega inocência e, caso seja condenado, pode pegar até 10 anos de prisão.