Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram na tarde de domingo (25) na Avenida Paulista, em São Paulo. Vestindo camisetas amarelas, portando bandeiras do Brasil e de Israel, eles chegaram ao encontro em ônibus com placas do interior de São Paulo e de outros estados.
Outras projeções, no entanto, indicam um número bem inferior. Pesquisadores do Monitor do Debate Político no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), calculam cerca de 185 mil pessoas. O estudo foi feito com base no método Point to Point Network (P2PNet), algoritmo que identifica o número de cabeças em fotos aéreas tiradas de drones. De todo jeito, as projeções indicam um comparecimento consideravelmente maior neste ato do que o observado no último ato pró-Bolsonaro na capital paulista, em 26 de novembro do ano passado. Na ocasião, cientistas da USP estimaram a presença de 13 mil pessoas.
No ato de domingo, o ex-presidente, que está inelegível até 2030 por abuso de poder econômico pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criticou as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu anistia àqueles que foram condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Ele chamou os condenados de “aliados”. Bolsonaro é investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo STF sobre o ataque de 8 de janeiro de 2023 à sede dos Três Poderes em Brasília – com tentativa de abolição do estado democrático de direito e de golpe de Estado.
Em seu discurso, Bolsonaro admitiu a existência de uma minuta de texto que previa decretação de estado de sítio, prisão de parlamentares e ministros do STF e dava sustentação a um suposto golpe de Estado. Mas criticou as apurações criminais da PF sobre essa minuta. Cópias desse documento foram encontradas pela PF na casa do ex-ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres e no escritório do PL, em Brasília, partido ao qual o ex-presidente é filiado. A minuta também foi citada nas delações do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência da República.
Há ainda outros elementos que estão sendo investigados como o vídeo de uma reunião realizada no Palácio da Alvorada em julho de 2022. Na ocasião, auxiliares diretos do ex-presidente e de um grupo de militares sugeriram alternativas de ataque ao sistema eleitoral eletrônico e à eleição presidencial de 2022.
*com informações da Agência Brasil e Veja