DA REDAÇÃO – A Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou nesta quinta-feira (21) ter negado a apelação do Comitê Olímpico Russo e de 68 integrantes do atletismo do país que pediam para participar dos Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. Desta forma, a corte referendou a suspensão imposta pela Federação Internacional (IAAF, na sigla em inglês) por causa de um escândalo de doping e manteve a Rússia fora do atletismo olímpico. As informações são da AFP.
A reação da Rússia foi rápida. O porta-voz do governo, Dmitry Peskov, foi duro na reposta. “Eu certamente lamento essa decisão do CAS, no que se refere a absolutamente todos os nossos atletas (que entraram com as reivindicações). O princípio da responsabilidade coletiva é difícil de aceitar”.
Já o ministro dos Esportes da Rússia, Vitaly Mutko acrescentou: “Lamento esta decisão. Infelizmente, um certo precedente foi estabelecido para a responsabilidade coletiva “, disse.
Porém, ainda resta uma possibilidade de os atletas do país participarem dos Jogos. O Comitê Olímpico Internacional (COI) avaliará pedidos individuais de russos que desejam competir com uma bandeira neutra. Para isso, eles serão submetidos a vários critérios de análise, como quantidade de exames antidoping realizados fora da Rússia.
O escândalo teve início quando o antigo diretor do laboratório antidoping de Moscou, Grigory Rodchenkov, e um funcionário da agência antidoping local denunciaram à imprensa americana que 15 medalhistas russos nos Jogos de Inverno de Sochi e outros atletas foram dopados por autoridades russas.
Além disso, há relatos que agentes do Serviço Federal de Segurança, a antiga KGB, manipularam amostras de urina durante o evento poliesportivo, para evitar que algum caso fosse revelado.
Revelações feitas pela televisão pública alemã “ARD” apontam que o ministro do Esporte da Rússia, Vitaly Mutko, encobriu pelo menos um caso de doping no escândalo que envolve o atletismo do país e que incidem em um suposto programa dirigido pelo governo.