Antonio Tozzi Esportes

Atlético Mineiro confirma supremacia no futebol brasileiro

O Galo cantou alto nesta temporada de 2021. Ao derrotar o Athletico-PR na Arena da Baixada, na quarta-feira (15) em Curitiba, por 2 a 1 (gols de Keno e Hulk e de Jaderson para os paranaenses), foi comemorar com os mais de dois mil torcedores que viajaram de Belo Horizonte até a capital do Paraná para apoiar a equipe. E nem era preciso este apoio, pois o Atlético-MG já havia se sagrado campeão antecipadamente ao vencer o adversário por 4 a 0 no domingo (12), no Mineirão, com dois gols de Keno, um de Zaracho e um de Hulk. 

Com mais essa conquista, o Alvinegro das Alterosas iguala o Cruzeiro, seu grande rival, que conquistou a Tríplice Coroa na temporada de 2003 – venceu o Campeonato Mineiro, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. Agora, em 2021, o Atlético-MG venceu estas mesmas três competições. No entanto, em vez de chamar de Tríplice Coroa, os dirigentes do Galo batizaram o feito como Triplete.

Apesar da derrota, a torcida do Furacão, que quase lotou o estádio, deu uma demonstração de apreço por sua equipe, aplaudindo seus jogadores, entoando cânticos (alguns provocando o rival Coritiba, que retorna o ano que vem à elite do futebol brasileiro) e comemorando o fato de o Rubro-Negro paranaense ter sido campeão da Copa Sul-Americana e consequentemente ter garantido uma vaga direta na Copa Libertadores da América de 2022. Ou seja, o time chegou a duas finais de copas importantes – perdeu uma e ganhou outra -, mas não fez um bom Campeonato Brasileiro, tendo encerrado sua participação na 14ª posição, chegando inclusive a correr risco de ser rebaixado para a Série B.

2021: o ano mágico do Galo

Já os torcedores do Atlético-MG têm todos os motivos para comemorar. O ano começou com o Atlético-MG é o campeão mineiro de 2021! O Galo empatou com o América-MG por 0 a 0, no Mineirão, no jogo de volta. A partida de ida também ficou na igualdade. Por ter feito melhor campanha na fase de classificação, o Alvinegro ficou com a taça, a 46ª do clube na história. 

Entretanto, consolidar a liderança de maior campeão mineiro – 46 títulos, contra 38 do Cruzeiro e 16 do América-MG – ainda era pouco para as ambições dos investidores que decidiram transformar o Galo em protagonista nos cenários brasileiro e sul-americano. 

2021 representou a redenção do Alvinegro de Belo Horizonte ao vencer o Campeonato Brasileiro, 50 anos depois do primeiro título no atual formato da competição. E venceu com autoridade! Foram 26 vitórias, seis empates e seis derrotas em 38 partidas, com 67 gols marcados (atrás apenas do Flamengo, vice-campeão, que anotou 69 tentos), 34 gols sofridos (a melhor defesa do certame) e um aproveitamento de 73,7%.

Com todos esses números, era natural que seus jogadores dominassem a seleção do Brasileirão que ficou assim: 

Goleiro: Weverton (Palmeiras)

Lateral-direito: Yago Pikachu (Fortaleza)

Zagueiros: Gustavo Gómez (Palmeiras) e Junior Alonso (Atlético-MG)

Lateral-esquerdo: Guilherme Arana (Atlético-MG)

Volantes: Jair (Atlético-MG) e Edenílson (Internacional)

Meias: Raphael Veiga (Palmeiras) e Nacho Fernández (Atlético-MG)

Atacantes: Hulk (Atlético-MG) e Michael (Flamengo)

Técnico: Cuca (Atlético-MG)

Além disso, Hulk foi o artilheiro, com 19 gols, e escolhido o melhor jogador do Campeonato Brasileiro. E o meia-atacante argentino Zaracho foi eleito a revelação da competição.

Na Copa do Brasil, o domínio também foi flagrante e o Galo contou com o incentivo de sua torcida. Desde que o estádio teve 100% da sua capacidade liberada, a média de público foi de mais de 52 mil torcedores pagantes. No primeiro duelo da Copa do Brasil a força da torcida fez com que o Galo superasse a marca de R$ 30 milhões em arrecadação da bilheteria. 

A única derrota do Galo na Copa do Brasil foi fora de casa contra o Bahia, nas oitavas de final da competição, por outro lado venceu o Remo e o Fluminense nas quartas de final e o Fortaleza nas semifinais.  

Muito dinheiro nos cofres do clube

O título da Copa do Brasil garantiu um prêmio milionário ao Atlético-MG. O clube receberá R$ 56 milhões, valor pago à CBF ao campeão do torneio eliminatório.

Dessa forma, o Galo fecha a Copa do Brasil com premiação total de R$ 71,15 milhões, pela soma de dinheiro ganho em toda a campanha.

Vale lembrar que o Atlético-MG já havia faturado R$ 33 milhões por ter sido campeão brasileiro, além de US$ 7,55 milhões (R$ 42,9 milhões) por chegar à semifinal da Libertadores. No total, foram R$ 147,05 milhões só por desempenho esportivo.

O curioso é que nem isso fez dos mineiros os mais bem pagos na temporada. Isso porque o Palmeiras faturou R$ 169,35 milhões, graças, principalmente, aos US$ 22,55 milhões (R$ 128,1 milhões) que recebeu com a conquista da Libertadores.

Agora que entrou de vez no panteão dos melhores do futebol brasileiro, a diretoria do Galo prometeu que continuará reforçando a equipe, e alguns nomes de peso já despontam como prováveis contratados, como meia Edenilson, do Internacional, e o atacante Douglas Costa, do Grêmio.

Fórmula 1 tem novo campeão

Quando todos apostavam na conquista do oitavo título de Lewis Hamilton na Fórmula 1, o holandês Max Verstappen mostrou porque é considerado um piloto prodígio ao superar o inglês na última volta para faturar seu primeiro título de campeão da principal categoria do automobilismo mundial a bordo de seu Red Bull Racing Honda.  

Foi inacreditável. A Fórmula 1 viu a maior disputa por título da sua história ser definida na última volta do GP de Abu Dhabi deste domingo (12). Com a ajuda de Nicholas Latifi, que a cinco voltas para o fim bateu e causou o safety-car que mudou toda a trajetória de uma prova encaminhada a Lewis Hamilton, a Red Bull deu o pulo do gato ao colocar pneus macios para Max Verstappen nas voltas finais, enquanto a Mercedes manteve seu piloto na pista. Depois da volta do SC para o pit-lane, Hamilton liderava a disputa na relargada final, mas não suportou a melhor forma do holandês com os compostos vermelhos. Com bravura, Lewis tentou resistir, mas não conseguiu evitar a ultrapassagem e viu a vitória e o título serem conquistados pelo maior rival da sua carreira no inacreditável GP de Abu Dhabi deste domingo histórico para a Fórmula 1 e o esporte a motor.

A conquista de Verstappen foi histórica em vários aspectos: o primeiro título conquistado pela Red Bull em oito anos, o primeiro holandês campeão mundial da Fórmula 1, a volta da Honda ao topo da categoria depois de 30 anos e também o desfecho de uma dinastia que durava desde 2014, para a Mercedes, e desde 2017, para Hamilton, que conquistaram títulos seguidos neste período. Para a Mercedes, restou o consolo com a conquista do importante Mundial de Construtores pela oitava vez, apesar do clima de velório que se instaurou na garagem da equipe chefiada por Toto Wolff.

Carlos Sainz completou o pódio da última corrida da temporada e garantiu outro grande resultado para a Ferrari no ano. O espanhol terminou à frente de Yuki Tsunoda, quarto, no seu melhor resultado com a AlphaTauri, seguido por Pierre Gasly, seu companheiro de equipe. Valtteri Bottas, na sua despedida da Mercedes, terminou em sexto lugar, enquanto Lando Norris, com a McLaren, foi o sétimo, à frente das Alpine de Fernando Alonso e Esteban Ocon. Charles Leclerc foi o décimo.

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