Ganhar o ouro olímpico tem seu preço em anos de dedicação ao esporte. Mas o Tio Sam também cobra pesado dos campeões americanos.
As medalhas olímpicas e os prêmios em dinheiro que os atletas recebem pelas vitórias na Olimpíada do Rio são tributadas pelo imposto de renda como qualquer outro ganho de capital. Todo prêmio ganho em loterias, cassinos ou programas de TV é tributável. Medalhas e bônus por vitórias no esporte estão nessa categoria, mesmo que ganhar o ouro olímpico exija um pouco mais de esforço que, digamos, ganhar na raspadinha.
No Rio, além das medalhas, os atletas americanos também embolsam um bônus de $25 mil pelo ouro, $15 mil pela prata e $10 mil pelo bronze. Tudo tributável. A mordida pode chegar a 39,6%, caso o valor total declarado ultrapasse $415 mil. Valores menores que esse são taxados de acordo com a tabela de rendimentos tributáveis do IRS, que vai de 15% a 28%.
O valor das medalhas em si, pelo menos, não é grande coisa. A revista Forbes avalia a medalha de ouro em mais ou menos $564, dependendo da cotação do ouro. A medalha, na verdade, é somente folheada com o metal precioso. Uma inteiramente de ouro custaria cerca de $22 mil. A medalha de prata é avaliada em $305, e a de bronze, feita de uma liga de cobre e zinco, possui “pouco valor intrínseco”.
Um contador decente poderá aliviar a mordida do leão americano declarando despesas com treinamento e alojamento como dedutíveis do total a pagar, contanto que o atleta seja profissionalizado.
Uma lei propondo isenção de impostos para as vitórias olímpicas foi proposta pelo senador Marco Rubio em 2012, mas não passou. Mas um outro projeto espera para ser votado na Câmara depois de ter passado no Senado, e o presidente Obama já disse que é a favor da isenção.