Ativistas em todo o estado de Iowa protestaram contra uma lei estadual de imigração que estava prevista para entrar em vigor em 1º de julho. A lei visa permitir que autoridades policiais apresentem acusações criminais contra pessoas com ordens de deportação pendentes ou que tiveram anteriormente entradas negadas nos EUA. A lei ainda não entrou em vigor devido a uma suspensão no sistema judicial.
Max Villatoro foi uma das pessoas no protesto em Iowa City a se opor ao SF 2340 na noite de segunda-feira (1º). Ele estava lá mesmo que, de certa forma, tenha dito não ter nada a temer com essa lei. Isso porque a deportação, a pior coisa que ele poderia imaginar, é algo que ele já enfrentou. “Eles chamam isso de separação da família, mas eu diria que é como destruição da família”, disse Villatoro, que foi deportado em 2015. Ele perdeu sete anos e meio da vida de seus filhos. “Quando eu voltei, eles já estavam crescidos”, contou. Atualmente, ele está legalmente nos EUA, com permissão de trabalho.
Críticos da nova lei temem que pessoas como Villatoro – que estão legalmente aqui, mas que foram deportadas antes – corram o risco de serem deportadas do país novamente. Os críticos também dizem que a lei incentivaria a discriminação racial. Manny Galvez disse que é cidadão, mas acredita que não é isso que um policial assumiria. “Vai ser tão assustador, porque ao ver meu rosto e minha pele, eles vão pensar que não tenho documento”, disse Galvez.
Finalmente, os críticos ecoaram o juiz que suspendeu a lei ao dizer que a lei federal de imigração prevalece sobre qualquer coisa no nível estadual. “Iowa não pode deportar pessoas. Este é um problema federal”, disse Galvez. “Precisamos resolver a situação da imigração neste país. E a melhor solução é a reforma imigratória”, acrescentou.
“Conforme argumentado pelo escritório do Procurador-Geral, a legislação de reentrada ilegal não afeta aqueles que estão legalmente no país. A legislação torna crime estadual, assim como federalmente, reentrar em Iowa se um indivíduo foi negado admissão ou deportado antes, ou deixou o país enquanto estava sob ordem de deportação. Todo estado agora é um estado de fronteira por causa das políticas de fronteira aberta da administração Biden”, respondeu o escritório da governadora Kim Reynolds em nota sobre o protesto.
Fonte: KCRG
