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Ativistas protestam contra leis anti-imigrantes da Flórida

Moradores na Flórida viajaram até Washington-DC para protestar contra várias medidas que eles alegam serem contra os imigrantes que são a base da indústria do turismo e agricultura no estado. Os projetos de lei, que tornam mais severas as punições nas deportações, proíbem as cidades de criarem santuários aos imigrantes e exigem que a polícia local colabore com as autoridades nas batidas migratórias, foram apresentadas como resposta à falha do governo federal no cumprimento das leis migratórias.

“Nós, enquanto comunidade, estamos interessados em ver o que está acontecendo aqui”, disse Ana Lamb, imigrante mexicana naturalizada americana, explicando porque ela pegou um ônibus em Tampa (FL) para Tallahassee na terça-feira (12). “Nós estamos aqui para defender as famílias que têm vivido aqui há anos. Nós somos parte dessa comunidade”.

Ana, mãe de 4 filhos e conselheira de amamentação, acrescentou que conversa com mulheres todos os dias que demonstram preocupação em serem deportadas e separadas de suas famílias. “Nós temos amigos e familiares que precisam dessa ajuda. Todos os dias, eu converso com pessoas que necessitam de ajuda. Elas estão em nossas igrejas. Elas estão em nossas comunidades”.

Essas pessoas preparam refeições, limpam casas, cuidam de crianças, aparam nossas gramas, constroem as nossas estradas e casas. “Todos os legisladores se beneficiam delas e elas não são reconhecidas”, disse Lamb.

“Eu acho que as crianças precisam dizer algo sobre tudo isso”, disse a norte-americana Carla Duarte, uma pré-adolescente de 13 anos que viajou de ônibus com sua mãe, que é indocumentada. “É muito ruim que os pais sejam deportados porque não possuem papéis. Se a minha mãe fosse deportada, eu estaria no sistema de adoções, desejando que ela retornasse. Seria uma vida ruim”.

A mobilização dos ônibus foi coordenada pela Flórida Immigrant Coalition para chamar a atenção para 5 propostas que a organização alega ser prejudicial aos imigrantes indocumentados, muitos deles trabalhadores em restaurantes e fazendas. Entre terça (12) e quarta-feira (13), aproximadamente 400 pessoas viajaram de ônibus para protestar na capital dos EUA.

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