Um atirador abriu fogo na noite de segunda-feira (13) na Michigan State University, matando três estudantes e deixando cinco pessoas gravemente feridas. Segundo a polícia, o suspeito cometeu suicídio após uma busca de horas, há quilômetros de distância do campus onde o crime aconteceu, em East Lansing. Identificado como Anthony McRae, de 43 anos, o suspeito tinha diversos registros criminais, incluindo uma condenação de 18 meses de prisão em novembro de 2019, por porte de arma de fogo em um veículo. Ele foi liberado da supervisão em maio de 2021.
Em entrevista coletiva, na manhã desta terça-feira (14), o vice-chefe de polícia interino da Michigan State University, Chris Rozman, disse que o suspeito não era afiliado à universidade e que o motivo do ataque ainda é desconhecido. Segundo o policial, McRae foi localizado depois que as autoridades divulgaram uma foto do suspeito na noite de segunda-feira e, pouco depois, recebeu uma ligação de alguém relatando tê-lo visto em Lansing. A polícia então confrontou o suspeito, que atirou em si mesmo. A polícia recuperou sua arma, mas não confirmou se os mandados de busca em sua residência resultaram em alguma pista relevante.
O tiroteio na Michigan State University ocorre pouco mais de um ano depois de outro ataque fatal no estado, na Oxford High School, em novembro de 2021, que deixou quatro estudantes mortos e seis alunos e um professor feridos. “Como representante de Oxford, Michigan, não posso acreditar que estou aqui novamente fazendo isso 15 meses depois. Estou cheio de raiva por termos que ter outra entrevista coletiva sobre nossos filhos sendo mortos em suas escolas”, disse a congressista democrata Elissa Slotkin. “Temos crianças em Michigan que estão vivendo o segundo tiroteio na escola em um ano e meio. Se isso não é um alerta para fazer algo, não sei o que é”.
Dezenas de pessoas morreram em tiroteios em massa até agora em 2023 nos Estados Unido. No ano passado, houve mais de 600 tiroteios em massa no país, nos quais pelo menos quatro pessoas foram mortas ou feridas, de acordo com o Gun Violence Archive. “Este é um problema exclusivamente americano”, lamentou a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer.
