DA REDAÇÃO – A aversão a Donald Trump já transcende os pronunciamentos públicos de celebridades (como o ator Robert De Niro, que recentemente criticou o republicano e disse que torce para que “Deus ajude” os americanos) e agora chega ao mundo das artes. Na semana passada, um coletivo de artistas espalhou por grandes cidades americanas estatuas que retratam Trump de forma ridícula: com o indefectível topete loiro, barrigona pronunciada e órgão genital minúsculo.
A série, intitulada “The Emperor Has No Balls”, foi criada pelo coletivo INDECLINE e é parcialmente inspirada no conto “As roupas novas do Imperador”, de Hans Christian Andersen, no qual um imperador desfila nu porque ninguém tem coragem de avisá-lo sobre a falta de roupas.
Cada estátua pesa cerca de 35 quilos e é feita de argila e silicone. Elas foram fixadas com uma massa de uso industrial, que seca em poucos minutos, em pontos de Cleveland, Seattle, San Francisco, Los Angeles e Nova York, informa o portal G1.
De acordo com o “Washington Post”, o criador das figuras foi um artista conhecido como Ginger, especialista em criar monstros para filmes de terror. Ele diz que foi contratado pelo coletivo justamente por isso, já que a ideia era criar uma figura monstruosa.
Ginger diz que gastou 25 horas por semana desde abril para preparar as estátuas, e o processo consumiu mais de 130 quilos de material. Ele conta ainda que chegou a pensar em votar em Trump no início da corrida presidencial, mas ficou cada vez mais desapontado com o republicano, a quem passou a detestar depois que este ridicularizou um repórter com uma doença congênita.
Os integrantes do coletivo acreditam que as estátuas não irão durar muito tempo, e que serão retiradas pela polícia ou destruídas por eleitores de Donald Trump. Segundo um porta-voz do grupo, que falou ao “Washington Post” sem revelar sua identidade, eles até criaram apostas sobre qual estátua será destruída primeiro, e acreditam que a de San Francisco irá resistir por mais tempo que as outras.
De Niro: ‘Deus nos ajude’
Um dos mais aclamados atores do cinema norte-americano, Robert De Niro vem deixando claro sua insatisfação com a candidatura de Trump à presidência dos Estados Unidos. Assim como outros nomes famosos do showbiz yankee, o ator de filmes como “Taxi Driver”, “O Poderoso Chefão” e “Cabo do Medo” vem criticando abertamente a postura do magnata do setor imobiliário.
De Niro disse, na semana passada, que Trump não deveria sequer disputar as eleições, pois está “totalmente louco”. “Eu não sei, é uma loucura que pessoas como Donald Trump, ele nem deveria estar onde está, então, que Deus nos ajude”, disse De Niro em meio a aplausos no Teatro Nacional de Sarajevo. “O que ele tem dito é totalmente louco, ridículo … ele é totalmente maluco.”
Além de De Niro, os atores Julianne Moore, Bryan Cranston, Kerry Washington, Mark Ruffalo, Neil Patrick Harris, Meg Ryan, Woody Harrelson, Neve Campbell e Lena Dunham, a criadora e produtora de séries Shonda Rhimes, os cantores Macklemore e Michael Stipe e o produtor musical Moby estão entre as mais de 100 celebridades que se uniram a uma campanha para pedir aos americanos que neguem a Trump o acesso à Casa Branca.
A ação é parte da campanha #UnitedAgainstHate (Unidos contra o ódio), da MoveOn.org Political Action. O site da campanha, unitedagainsthate.com, promove um abaixo assinado na internet. ν