A Câmara e o Senado do Brasil escolheram nesta quarta-feira (1) os presidentes de cada Casa Legislativa pelos próximos dois anos. Nas duas situações, os parlamentares vitoriosos já estavam no comando e foram reeleitos.
No Senado, o atual presidente Rodrigo Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu 49 votos no total; mais que os 41 necessários para vencer a eleição.Ele foi o candidato apoiado pelo governo Lula, enquanto seu principal oponente, Rogério Marinho (PL-RN), que obteve 32 votos, contava com o apoio do núcleo bolsonarista.
Na Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que recebeu o apoio de petistas e bolsonaristas, ganhou com larga vantagem sobre os outros candidatos. Mais alinhado à direita, especula-se que o presidente Lula optou por apoiar a candidatura de Lira para garantir uma boa relação com o comando da Câmara e aprovar pautas prioritárias na sua gestão.
Em seus discursos de vitórias, os presidentes do Senado e Câmara repudiaram os atos antidemocráticos ocorridos na capital federal em 8 de janeiro, e defenderam a punição dos envolvidos. Pacheco se disse comprometido com a união do país, o que, segundo ele, não significa “omissão”nem “leniência’. “Discursos de ódio, da mentira, golpista que aflige e afasta a democracia, deve ser desestimulado, desmentido, combatido por todos nós, sem exceções”, falou o presidente do Senado.
Lira, defendeu os “rigores da lei” contra aqueles que atentem contra a democracia e fez um apelo ao diálogo. “É hora de desinflamar o Brasil e distensionar as relações.