Um em cada três argentinos é considerado pobre. A estatística, que veio após anos sem informações oficiais sobre o índice de pobreza no país, assustou e surpreendeu muitos argentinos.
Por terem vivido um hiato sem estatísticas oficiais, os argentinos viram o índice disparar de 5,4%, segundo os últimos dados que haviam sido divulgados em 2012, para 32,2%.
“No segundo trimestre de 2016, o índice de pobreza atingiu 32,2% das pessoas. Desse total, a indigência significou 6,3% (da população)”, informou o Indec.
O levantamento envolveu pouco mais de 27 milhões de pessoas, de um total de aproximadamente 40 milhões de habitantes do país.
O índice deixou de ser divulgado em 2013, quando o então governo de Cristina Kirchner anunciou “problemas ligados à mudança no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e à cesta básica de consumo”.
Desde então, sob forte acusação de manipulação de dados, a gestão kirchnerista parou de divulgar os números.
No início de seu mandato, o atual governo de Mauricio Macri reformulou o Indec (equivalente ao IBGE no Brasil) para dar veracidade, segundo o governo, aos dados oficiais, questionados na gestão anterior.