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Após ser tomada por governo da Venezuela, GM anuncia paralisação de atividades no país

Segundo a empresa, "autoridades públicas" tomaram fábrica e retiraram carros de suas instalações

GM paralisou atividades na Venezuela
GM paralisou atividades na Venezuela

DA REDAÇÃO (com REUTERS) – A General Motors anunciou na quarta-feira (19) a paralisação de suas operações na Venezuela depois que autoridades do país confiscaram uma unidade da montadora no centro industrial de Valencia, e prometeu “tomar todas as ações legais” para defender seus direitos.

A decisão foi tomada em meio a uma crise econômica cada vez mais grave na Venezuela, que já afetou diversas empresas norte-americanas presentes no país.

“Ontem a fábrica da GMV (General Motors Venezolana) foi inesperadamente tomada pelas autoridades públicas, impedindo as operações normais. Além disso, outros ativos da companhia, como veículos, foram retirados ilegalmente de suas instalações”, disse a GMV, unidade da GM, em um comunicado enviado por email.

A indústria automobilística venezuelana sofre com a falta de matéria-prima devido a complexos controles monetários e uma produção local estancada, e muitas fábricas apenas podem manufaturar.

Onda de violência

O ciclo de violência e repressão na Venezuela ameaça a vida da população, alertaram nesta quinta-feira (20) a Anistia Internacional e a União Europeia depois da morte de dois manifestantes e um militar na mobilização de quarta-feira contra o governo de Nicolás Maduro.

“A onda de violência e de repressão durante as manifestações na Venezuela está mergulhando o país em uma crise de difícil volta atrás e que ameaça a vida e a segurança da população”, assinalou a organização em um comunicado divulgado em Buenos Aires.

“É inaceitável que, apenas por sair às ruas, automaticamente um venezuelano ou uma venezuelana se encontre em perigo e fiquem expostos à repressão descontrolada das forças de segurança. É um direito de expressão, não um direito qualquer, mas o mais importante de toda a estrutura democrática”,disse Mariela Belski, diretora executiva da Anistia Internacional Argentina.

Protestos levam milhares às ruas

A União Europeia, por sua vez, condenou os atos de violência registrados na Venezuela e pediu uma “desescalada” no país.

“Pedimos a todos os venezuelanos que se unam para fazer uma desescalada da situação e achar soluções democráticas dentro da Constituição”, indicou a porta-voz Nabila Massrali.

Com bombas de gás lacrimogêneo, tropas de choque bloquearam na quarta-feira a gigantesca marcha contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas, onde estouraram focos de violência que causaram a morte de uma jovem de 23 anos e de um adolescente de 17.

Com estas duas vítimas, sobe para sete o número de mortos em três semanas de protestos, com os quais a oposição exige eleições gerais para tirar Maduro do poder.

O presidente é acusado de mergulhar o país rico em petróleo em uma severa crise econômica e política.

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